Gente de nossa terra

Ennio Ezequiel de Oliveira (Castelar)

* 21/02/1922
+ 22/08/2014
Ennio Ezequiel de Oliveira, filho de Maria (Ezequiel) e de João Silva de Oliveira, nasceu aqui em 21/02/1922. Ele costumava dizer que era o ano dos dois patinhos. Juntamente com seus irmãos Edio, Elba, Eneide e Enara. Era casado com Nilsa (Francalacci), com quem teve os filhos Ennio, Nilsa, Evandro, João e Erida, hoje todos com mais de cinqüenta anos e que lhes deram oito netos, (Cristine, Thais, Gisele, Fernanda, Bernardo, Rodrigo e João Lucas), dois bisnetos (Laura, Otávio e um terceiro, que viria logo após de sua partida para o Grande Oriente, a Beatriz). Formado em Direito pela Universidade do Paraná, iniciou sua carreira como Promotor de Justiça em Indaial, posteriormente sendo transferido para Bom Retiro, Urussanga, Araranguá, Criciúma e por último em Tubarão, onde encerrou sua carreira em 1968, aposentando-se, fixando residencia na cidade azul, não deixando sequer de passar um verão longe de Laguna. Um apaixonado por Laguna, nunca deixou de lembrar de seus amigos de infância, adolescência, juventude e adulto. Não media esforços quando falava de Laguna, com seus mais de 300 anos, lembrava das coisas velhas e boas da sua cidade amada, terra de Anita Garibaldi. Nestes anos de vida sempre realçava seu incansável amor por sua mulher amada, coisa que fez até seus últimos instantes de vida. Valor a vida e família, sempre foram seus objetivos principais. Não passava uma semana sem visitar sua terra natal, familiares e amigos em Laguna. Sempre em suas conversas, era incansável seu tom de voz, lembrando de seus amigos, pronuncionando sempre por seus nomes e apelidos, assim como, aqueles que participaram de sua vida educacional. Junto com amigos, dentre eles, José Paulo Arantes, Mário José Remor e outros, participou da fundação da Associação Comercial de Laguna. Com isso, arranjou mais uma desculpa para vir a Laguna mais vezes por semana, o que lhe era muito gratificante. Iniciou nos anos 80, uma atividade extra, que seria a de escrever artigos para jornais de Laguna e Tubarão, até mesmo em jornais na Capital e São Paulo, adotando um pseudônimo, CASTELAR, para que fosse mais fácil lembrar-lhe. Vários artigos foram enviados a Senadores e Deputados Federais e Estaduais, a fim de que contribuíssem com o Estado, Região e sua terra amada, dentre eles, A Ponte do Pontal, que faria a conexão da interpraias, um dos mais importantes sonhos ainda não concretizado. Era incansável, quando mencionava um político, queria que fosse descoberto seu e-mail para que fosse enviado uma cópia de seu artigo. Para isso, envolvia muita gente, na pesquisa para identificação de e-mails e endereços de correspondências. Foi um pai maravilhoso, de muitos ensinamentos, muitas frases peculiares que até hoje guardam em suas recordações. Em suas conversas, ao relembrar de coisas de sua vida, sempre dizia, “bons tempos aqueles”. Sua música preferida e cantarolada algumas vezes até na sua última semana de vida, “A saudade mata a gente, morena”, de João de Barro. Não se pode resumir em algumas palavras, uma vida inteira de muita atividade. Partiu para o Oriente Eterno em 22/08/2014. Seu pedido foi de que queria ser cremado e suas cinzas jogadas no canal do Molhes da Barra, pedido este que foi realizado no dia 25/08/2014.

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