Perfil

Everaldo dos Santos

As vésperas de Laguna completar aniversário, a coluna Perfil apresenta aos leitores um pouco mais sobre a intimidade do Prefeito Everaldo dos Santos. Nas próximas linhas, será possível descobrir um pouco mais sobre a história de vida do filho da saudosa Santina Luiza e de “seo” Elso Medeiros Santos, que aos 7 anos já vendia torradinhas para ajudar no sustento de casa e que se hoje chegou ao ápice da administração pública do município, é porque muito sonhou, fez amigos e não desistiu de lutar por seus objetivos. Nascido e criado na comunidade do KM 37, filho de agricultor, vindo de uma família de 12 filhos, Everaldo teve uma criação típica de criança do interior. Vivenciava com os amigos do bairro, as brincadeiras tradicionais da época, como o pião e o carrinho: “Meu pai trabalhava na agricultura, plantando mandioca, milho e à noite, pescava para garantir nossa sobrevivência. Desde cedo tive contato com o trabalho, vendendo as torradas que minha mãe fazia”, recorda. Com os estudos realizados na Escola Reunida Palmira Moraes de Miranda, ele revela que até hoje guarda na memória a casa de madeira de cor verde, lugar onde aprendeu a ler e escrever. Em sua trajetória profissional, já aos 14 anos, foi para o Mercado Público Municipal, vender verduras com o seu pai. O primeiro emprego efetivo foi aos 19 anos, na CASAN. Com o salário, foi fazendo suas economias, juntando dinheiro até conseguir comprar seu primeiro carro, um Fusca. A apresentação à política aconteceu por intermedio do já falecido, ex-vereador e ex-prefeito Venâncio Luiz Vieira: “Em várias oportunidades, ele, então vereador e presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural de Laguna, ia ao Mercado Público e ficávamos conversando. Fui pegando amizade. Sempre me convidava para ir a Florianópolis, o que fiz por várias vezes. Foi aí que aprendi a gostar da política. “Seo” Venâncio sempre me dizia: “Você tem o perfil, tem um futuro e tudo para ser um grande político”. Segui as orientações dele e hoje sou o prefeito da cidade”. Em sua primeira candidatura a vereador, em 1988, pelo então MDB, fez 325 votos, ficando na 1ª suplência. Em 1992, foi eleito vereador com 569 votos: “As dificuldades eram as mesmas de hoje e de sempre, principalmente para a gente, que era do interior e de origem humilde, que não tinha recurso financeiro para investir”. Quando convidado a fazer um retrospecto de toda sua trajetória, recorda com carinho, em especial, no início da adolescência, de uma pessoa que aprendeu a admirar: “A dona Vergiliete, uma senhora mulata, hoje já falecida, que me ajudava na venda de doces na festa de santo que acontecia em Pescaria Brava. Nós íamos de ônibus, levando cestas de torradinha, cocada e cartucho. Ela, muito humilde, ainda em casa, matava uma galinha, fazia um ensopado com arroz e levava nossa marmita, para ao meio-dia, pararmos e sentarmos para almoçar. Já na fase adulta, na vida política, destaco a amizade que fiz com os comerciantes do Mercado Público, como o Lelé, a Dorza, o “seo” Grego, os falecidos Xaxá Martins e Pedro Amorim, enfim, toda comunidade do Mercado. Quando fui eleito pela primeira vez, a euforia deles era semelhante à de terem ganhado na loteria. Todos ficaram orgulhosos de ver um representante do meio deles eleito vereador”. Nos momentos em que não está envolvido com os compromissos no gabinete ou solenidades, Everaldo aproveita para fazer o que mais gosta: “Não tenho folga, até porque aproveito o tempo livre para visitar os amigos, tomar um café, comer um bolinho de chuva, almoçar um peixinho, trocar ideias. Eu faço política nas 24 horas do dia”.

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