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Fábio Grizza Cereja

O pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza. Tamanha convicção na frase, somada a determinação e o talento do lagunense Fábio Grizza Cereja o fizeram chegar muito mais além do que um dia sonhou. Confeiteiro, proprietário de uma das padarias mais famosas da cidade, o focalizado comemora a ótima fase do seu estabelecimento, que é referência em tortas e salgados na Região.
Filho da saudosa Eliane Guizza e de “seo” José Luiz, foi aos 12 anos, no mercado da mãe, que ele teve sua primeira oportunidade de trabalho: “Durante 4 anos acompanhei de perto todos os desafios e a dedicação necessária no segmento. Era muito puxado, uma vez que esse tipo de comércio não oportuniza ao dono a chance de ter finais de semana de descanso. Nossa demanda era intensa todos os dias”, recorda.
Aos 18 anos, ele conheceu Patrícia, hoje sua esposa, com quem compartilhou o desejo de montar o próprio negócio: “Logo tivemos a ideia de abrirmos uma padaria. Ainda que não houvesse experiência, sempre gostei de cozinhar. Inclusive, carrego até hoje na memória, a imagem da minha avó Zulma, em meio as panelas do fogão de casa e aquele cheiro delicioso que pairava no ar”, relembra Fábio, que cita o avô, “seo” Agenor, como grande inspiração: “Ele chegou a ser proprietário de uma padaria. Infelizmente o prédio acabou pegando fogo. Hoje considero que minha profissão é também uma forma de continuar com o legado da família”.
E assim, há 16 anos, o casal, dava início a empreitada: “Começamos contratando um padeiro e nós ficávamos no atendimento. Quando vivenciamos algumas experiências desastrosas com profissionais da área, conversei com minha esposa e concordamos que daquele dia em diante não ficaríamos reféns pela falta de conhecimento. Eu faria os pães”.
E desde então a força de vontade foi fator decisivo para o sucesso: “Acordava às 2h da manhã e ia dormir às 23 horas. Pegava receitas, adaptava cada uma delas até chegar a um sabor diferenciado. Foram anos de muita luta”, recorda.
E tamanha dedicação e foco, o levou à ideias ainda mais audaciosas: “Queria que a padaria fosse referência em algo novo na cidade. Fiquei sabendo que um revendedor faria a apresentação de novos produtos para o preparo de tortas em Florianópolis. Não pensei duas vezes. Cheguei na Ilha da Magia, conversei com ele e trouxe uma nova espécie de glacê com aspecto idêntico ao da pasta americana, mas de sabor infinitamente mais gostoso”.
Desde então, o pai de Pedro Henrique, que chega a fazer até 180 tortas em um fim de semana ou em datas comemorativas, especializou-se ainda mais na área, com direito à cursos com experts em São Paulo, que o fizeram ampliar a oferta nos salgados: “Não quero parar de aprender nunca e sigo o que meu pai sempre me disse, que para o sucesso chegar, precisaria vender produtos com a mesma qualidade a qual faria para comer. É algo que me serve de inspiração diária”.

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