Perfil

Fernando Nunes Ilíbio

Aos 39 anos, o músico concilia seu tempo entre as funções de tecladista e oboísta, regente e instrutor e ainda dedica-se ao trabalho de gravação, produção e arranjo musical

Aos 14 anos, ao ingressar no universo da música, o lagunense Fernando Nunes Ilíbio não imaginava a proporção que tomaria um simples hobby da juventude. Formado em Teoria Musical & Solfejo e Artes Visuais e cursando especialização em Arte & Educação, o filho de dona Alzira e de “seo” Clésio Ilíbio hoje concilia seu tempo entre as funções de tecladista e oboísta, regente e instrutor e ainda dedica-se ao trabalho de gravação, produção e arranjo musical: “Em minha carreira tudo aconteceu gradativamente e com o convite de amigos e colegas de trabalho que fui conhecendo ao longo dessa jornada”, recorda.
Integrante da banda Juízo Final, ele participou da criação do grupo: “Éramos amigos de escola e nos unimos sem experiência alguma. O que era uma simples brincadeira, transformou-se em trabalho. Quando percebemos, já estávamos inseridos no mercado musical”, recorda e ainda acrescenta: “Paralelo a banda, estudava música erudita, piano e clarinete. Decidi arriscar e trocar o clarinete pelo oboé. Foi a melhor coisa que eu fiz, pois era um péssimo clarinetista”, brinca.
Ao longo da caminhada, Fernando deu uma pausa em sua participação na banda e trilhou um rumo diferente: “Entrei pra Orquestra Sinfônica de Santa Catarina e lá fiquei por oito anos. Durante esse tempo, aleatoriamente, integrei a Orquestra Filarmônica de Florianópolis e São Joaquim, Banda Sinfônica da UNIVALLI em Itajaí, da qual participei inclusive da gravação de um CD, realizei apresentações com a Banda da Base Aérea de Florianópolis, Amábile Quarteto (São Joaquim), Quinteto Madeiras da Ilha, da Orquestra de SC e fui aprovado na Orquestra de Câmara do Teatro Bolshoi, em Joinville”, enumera.
Ao retornar oficialmente à Laguna, Fernando voltou a participar das principais bandas locais da cidade, como Prakatá, Sentapua, Folha Nativa, Ph7 com Juízo e tocou com o ator e cantor Rodrigo Faro, George Israel, do Kid Abelha e Rodrigo Santos do Barão Vermelho, além de ter participado do Conservatório Lagunense de Música, no qual foi regente e idealizador da Orquestra de Câmara e mais recentemente ainda musicou o hino do município de Pescaria Brava.
Como o bom filho a casa torna, retomou a participação na banda Juízo Final, o qual atualmente concilia com o papel de músico no Opus 4. Entre seus mais novos projetos, o focalizado orgulha-se em participar de uma importante ação na Fundação Bradesco: “Fui convidado para instruir e reger a Banda Musical, Coral Infantil e Infanto Juvenil da Fundação. É minha maior paixão”, declara.
Casado com Paloma, pai de Cecília, quando questionado sobre o futuro, Fernando tem apenas uma certeza: “Certamente será embalado com música. Quero continuar tocando até o último minuto, como B. B. King. Não tem como parar. Música é viciante”, finaliza.

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