Happy Hour

Happy Hour 25/11

Coisas que aprendi na minha primeira vez num estádio de futebol

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Sim, é exatamente isso que você leu. Eu, do alto dos meus vinte e seis anos, nunca havia ido a um estádio de futebol assistir a uma partida. Obviamente fui em vários campos de futebol. Mas a um estádio para ver um jogo, nunca. Já tinha visto várias partidas de times pequenos, da região, do interior, nestes campos menores onde, na melhor das hipóteses tem uma arquibancada de madeira. Também já fui no Pacaembu. Porém não foi em dia de jogo. Neste caso a emoção foi diferente.
Fui no jogo entre Criciúma e Vasco, válido pela penúltima rodada da série B. Fui com um amigo, minha irmã e primos e ficamos na torcida do Tigre. Logo eu, um vascaíno, no meu primeiro jogo fico na torcida adversária. Foi uma situação diferente.
Resolvi esperar todo esse tempo pra ir em um estádio por motivos simples: Sempre achei melhor assistir pela tv, sem correr o risco de ser espancado, xingado ou passar algum sufuco, que é o que comumente acontece nos estádios brasileiros.
Por isso escolhi o jogo do Criciúma para debutar. Apesar da torcida apaixonada, ainda assim é um dos lugares com o povo mais educado e seguro. Nunca ouvi falar de nenhuma briga ou confusão e, por isso, desta vez me senti seguro. Não seguro o suficiente pra ir na torcida do Vasco, é verdade. Fiquei imaginando que a torcida vascaína estaria lotada de membros de torcidas organizadas, o que não aconteceu. Tirando o fato de que a polícia precisou escoltar alguns vascaínos na saída do jogo, de resto me pareceu bem tranquilo e até arriscaria ir na torcida vascaína da próxima vez.
Mas dadas as devidas introduções e esclarecimentos, chegou a hora de transformar essa experiência em um aprendizado e em conteúdo interessante de ser assimilado. Afinal, de tudo que a gente vive na vida, podemos tirar conclusões e aprendizados, até mesmo um rélis jogo de futebol, muito feio de se ver, diga-se de passagem.

1 – Bola na trave não altera o placar: Neste jogo o Vasco mandou duas bolas na trave. Se tivessem entrado a história do jogo seria outra. Eu sairia de lá comemorando a volta do meu time pra série A e não como um pé-frio. Mas chegar perto ou quase lá não basta. Seja na vida pessoal ou na profissional, não adianta chegar perto. Tem que fazer acontecer. A bola tem que entrar. Tem que marcar gol. Se você quase conseguiu ficar com aquela gatinha, você não conseguiu conquistar ela. Perdeu. Se você quase conseguiu aquela vaga de emprego, significa que você ainda está desempregado. Nossos esforços devem estar voltados para ir além do quase e efetivamente conseguir. A bola tem que entrar!

2 – Um time entrosado e com vontade faz toda a diferença: Isso é básico no futebol. Temos um exemplo simples e de fácil entendimento para todos, a seleção brasileira. Com Dunga eram 11 excelentes jogadores. Com Tite é um excelente time, com 11 excelentes jogadores. Tanto no futebol, como numa empresa, é essencial ter uma equipe afinada, que sabe o que quer e como conseguir. E pra isso acontecer, ter um líder que sabe como tirar o melhor de cada um é fundamental. Mas também é fundamental ter um ambiente de trabalho bom e que a equipe realmente queira trabalhar e dar o seu melhor, coisas que parecem não acontecer com meu time, infelizmente.

3 – Paixão não tem explicação: Isso a gente vê muito com o futebol. O time perde, é rebaixado, mas a gente continua torcendo, vestindo a camisa e apoiando. Vi isso na torcida do Criciúma, que apoiou o time a todo instante sem parar de cantar nem um minuto. É isso que precisamos despertar na nossa vida pessoal e profissional: a paixão. Se tivermos paixão pelo que fazemos, não haverão dificuldades que não sejam transpostas. Se conseguirmos que nossa equipe e colegas tenham paixão em trabalhar em nossa empresa, todos irão em busca do mesmo objetivo, unidos e sem parar um minuto. A paixão nos faz acreditar que é possível. Que é possível, inclusive, meu Vasc

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