Happy Hour

Happy Hour 31/3

As maiores mentiras já contadas

Amanhã, 1º de abril, é dia da mentira. E durante a história da humanidade muitas mentiras já foram contadas. Mas tem algumas lendas que viralizaram e se tornaram famosas ao redor do globo. Algumas foram contadas tantas vezes que viraram verdades absolutas e nunca ninguém ousou questionar. Vamos ver algumas. E, da próxima vez, pense bem quando ouvir algo. Nem tudo é verdade!

A Grande Muralha da China pode ser vista do espaço sideral
De acordo com a NASA, é muito difícil um astronauta ver a Grande Muralha da China mesmo orbitando próximo à Terra e os passageiros da missão Apollo 12 declaradamente não a viram – e nem qualquer construção humana. Até mesmo um chinês já confirmou que isso é tudo mito. Algumas construções até podem ser vistas do espaço, como As Pirâmides de Gizé, mas não a olho nu a partir da Lua. O boato a respeito da Grande Muralha provavelmente começou em 1938, mas foi desmentido na chegada à Lua em 19 de novembro de 1969.

Alinhamento planetário diminui gravidade
Durante uma entrevista na rádio BBC2, na manhã de 1º de abril de 1976, o astrônomo britânico Patrick Moore anunciou que às 9h47 iria ocorrer um evento astronômico raríssimo que os ouvintes deveriam observar em suas próprias casas. Segundo ele, o (então) planeta Plutão passaria por trás de Júpiter, fazendo com que um alinhamento gravitacional temporariamente neutralizasse em parte a força gravitacional da Terra. Moore disse aos ouvintes que se eles pulassem no ar no momento exato em que este alinhamento planetário iria ocorrer, eles experimentariam uma estranha sensação de flutuação. Quando a hora chegou, a rádio começou a receber centenas de telefonemas de ouvintes que afirmavam ter sentido a tal sensação. Uma mulher ainda relatou que ela e onze amigos haviam flutuado ao redor da sala. A brincadeira do cientista foi inspirada em uma teoria pseudocientífica astronômica que recentemente havia sido promovida em um livro chamado “O Efeito Júpiter”, alegando que um raro alinhamento dos planetas iria causar terremotos e a destruição de Los Angeles em 1982.

O sangue dentro de nossas veias é azul
Nosso sangue é vermelho e ponto final. O sangue é vermelho graças às moléculas de ferro – heme. Em alguns casos, o sangue fica mais escuro, mas não azul. Pra tal, alguma disfunção no transporte de oxigênio pelo sangue deveria estar ocorrendo, o que é muito raro e insalubre. O desinformado que inventou – e aquele que repetiu – deve ter se baseado na coloração das nossas veias, essas sim são azuladas e podem dar a ilusão de transportarem sangue azul.

Usamos só 10% do nosso cérebro
Nós usamos praticamente 100% do cérebro o tempo todo e não há nenhuma região dormente ou desativada. De certa forma, cerca de 10% dos nossos neurônios estão transmitindo informações enquanto nos concentramos, o que não significa que os outros 90% não estão trabalhando. Até mesmo os neurônios que não estão sendo usados naquele momento ainda estão recebendo sinais. A propósito, o cérebro representa 3% do nosso peso e consome 20% das nossas energias – bastante coisa pra um aproveitamento de apenas 10%, não? A origem desta fábula aponta pra uma citação de William James a respeito de “usamos apenas uma pequena porção dos nossos recursos físicos e mentais” ou um insulto que Albert Einstein direcionou a um jornalista, alegando que ele só usava um décimo do seu cérebro. Não importante a origem da mentira, se você usa apenas 10% do seu cérebro, é apenas por opção própria.

Chicletes não conseguem ser digeridos em nosso estômago
De fato, nosso organismo não absorve um monte de porcaria que a gente engole por aí, mas tudo isso passa direto pelo sistema digestivo e sai você sabe por onde – nem mesmo uma bola de gude fica presa dentro de nós pra sempre. O que pode acontecer é um maluco engolir tantos chicletes ao ponto de obstruir algum setor do sistema digestivo, então não abuse.

Temos cinco sentidos
Aristóteles popularizou os cinco sentidos, mas a ciência pode subdividi-los ou até mesmo indicar alguns a mais. A visão pode ser dividida entre cores, brilho e profundidade, por exemplo. O equilíbrio também é um sentido interessante, pois não é derivado da visão e nem da audição, como já foi pensado antigamente. O mesmo vale pra dor, temperatura, fome e proporções. Os próprios cientistas ainda debatem todo esse assunto, então nós podemos simplesmente resumir como: temos mais do que cinco sentidos.

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