Perfil

Jardel de Souza Pereira

O Perfil embarca em alto-mar para contar um pouco mais da trajetória de Jardel de Sousa Pereira. Natural de Paranaguá, mas morando em Laguna desde os seis anos de idade, o filho de dona Elizabeth e de “seo” Almir Pereira vive os desafios de um marítimo.
Representante da terceira geração de uma família que se dedica ao mar, aos 36 anos, Jardel chega a ficar até dois meses distante da esposa Ariana e do filho Arthur: “O cansaço físico é contornável. O difícil mesmo é ficar sem vida social e familiar por tanto tempo. É preciso vigiar os pensamentos a todo instante”, aponta o focalizado que é um dos responsáveis pela amarração, desatracação, ordem, limpeza, pintura e conservação da embarcação.
À bordo de um petroleiro de 235 metros de comprimento, que carrega 160 mil toneladas de petróleo, Jardel atua na área há nove anos e já realizou algumas vezes uma das travessias mais complexas da área: “O destino foi a China e apesar de ter sido uma experiência profissional incrível, foi também a mais traumática, pela saudade que fiquei da minha família e da minha terra”, confidencia.
Além do controle emocional, ele pontua todo embasamento teórico que quem trabalha na área precisa ter: “Passamos por várias provas, antes mesmo de nos formarmos na Capitania. Além disso, é preciso especialização em navios tanques, gaseiro, químicos e petroleiros, primeiros socorros, combate a incêndio, entre tantos outros”.
Acostumado a passar datas comemorativas longe de casa, ele revela os motivos que o levam a continuar na área: “É preciso muito amor pelo que faz e transformar os companheiros de trabalho em uma segunda família. São cerca de 40 dias de extrema dedicação ao serviço. O que faz as coisas ficarem mais leves é gostar tanto da atividade que desempenho e conseguir matar as saudades da esposa e do meu filho através da internet”.
Apaixonado por Laguna, a qual define como seu “porto seguro”, nas horas que está em terra firme, ele procura se dedicar as atividades que mais gosta: “Nossa cidade é um verdadeiro descanso para quem vem do mar. Adoro pescar. Seja nos Molhes ou no Gi, visitar os amigos que fico sem ver por tanto tempo, e claro, curtir minha família”, finaliza.

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