Gente de nossa terra

João Rodrigues Moreira (Comandante Moreira)

Nascido em 16 de julho de 1866, filho de dona Generosa de Oliveira Moreira e de José Rodrigues Moreira, João Rodrigues Moreira, ou simplesmente Comandante Moreira, nasceu aqui em 15 de junho de 1866. Era casado com dona Claudina (da Silva), com quem teve duas filhas: Maria, que casou-se com João Carpes (nascendo os filhos Noel, Antonio, João, Aurélio e Cláudio, este um grande artista plástico, tendo entre suas obras a saga de Anita Garibaldi, pintada sob encomenda do Banco Sul Brasileiro) e Enedina, que casou-se com Antonio Antunes Netto, (nascendo os filhos Nelson Moreira Netto, Lenir Amboni, Diva Cardoso, Dilma Mendonça e Irma Remor).

Comandante (daí vindo a “condecoração”) do Vapor MAX, da firma Carlos Hoepecke & Cia., um misto de cargueiro e de passageiros e que foi o mais famoso entre as embarcações que fizeram linha para o porto de Laguna, com as partidas e chegadas sendo registrada em O ALBOR. Baixo, moreno de cabelos e olhos pretos, atencioso e humanitário, o Comandante Moreira tornou-se uma figura de destaque de nossa sociedade, sempre fazendo de seu trabalho um elo de ligação social e comercial, entre Laguna e algumas das principais cidades do Estado, como Florianópolis, Itajaí e São Francisco do Sul. Muito religioso, sua devoção à Nossa Senhora dos Navegantes era conhecida de todos, até porque sempre que passava pelo canal da barra, na direção da então Capela do Magalhães, seu navio apitava por três vezes, tudo em cumprimento a santa de devoção. Sem esquecer que no período da festa de Navegantes, com antecedência de 15 a 20 dias, ele já providenciava a vinda do MAX para Laguna e até já entrava na barra soltando foguetes. Nos dias da festa, o navio estava sempre embandeirado e totalmente iluminado na noite de transladação, durante a qual, presenteava a cidade com um lindíssimo show pirotécnico, tradição que o Comandante manteve enquanto o Max esteve no seu comando. Por ações comunitárias, ainda hoje importante rua entre o Areal e a Roseta leva o seu nome, assim como a Escola Municipal de Campos Verdes. Faleceu em 23 de janeiro de 1946.

(Com a colaboração de Antônio Carlos Marega).

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