Letícia Zanini

O cérebro e a inveja

Recentemente gravei um vídeo falando sobre a inveja e seu impacto em nosso cérebro. Geralmente, abordamos esse mecanismo ou sobre o viés bíblico ou filosófico, mas quero falar para você da inveja sobre a ótica da neurociência.
Eu sei que talvez você e eu tenhamos dificuldade em assumir que sim, sentimos inveja, pode ser que não seja tão frequente, mas o fato é que, em algum momento de nossas vidas, já a sentimos.
Imagine a seguinte cena, uma pessoa que você sente inveja está se dando muito bem, evoluindo, crescendo e sendo reconhecida(o) pelo seu trabalho, neste momento seu cérebro ativa uma estrutura que se chama giro do cíngulo anterior e essa estrutura ativa nossa área de dor, física ou emocional, por isso, sentimos raiva ou tristeza quando vemos o objeto invejado em progressão. O contrário também é verdadeiro, a pessoa que você sente inveja apresenta resultados negativos por algum motivo, perdeu emprego, foi ridicularizada (o), etc, neste momento a área do cérebro que é ativada é o corpo estriado ventral que é a área ligada à recompensa, prazer e motivação, e então, você sente aquela sensação de prazer em ver outra pessoa literalmente se “ferrando”.
Infelizmente, como seres humanos, em algumas situações, e os dados de pesquisas mostram que fisiologicamente sentimos esse tipo de emoção, tão baixa e nociva mas tão concreta e rotineira .
Como faço para não sentir isso?? Essa deve ser a pergunta que você está se fazendo agora, imagino. O que eu tenho para lhe falar é: esteja consciente das suas emoções e sensações, procure entendê-las para depois gerenciá-las. E se você se sente alvo de inveja alheia minha sugestão é, se afaste desse tipo de gente. Não podemos controlar o que outros sentem mas podemos escolher quem deve permanecer ao nosso lado. Pense nisso.

Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental

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