Como a empresa começou
Filho dos saudosos “seo” Pedro (Monteiro de Amorim) e de dona Maria, Nelson Pedro de Amorim, proprietário do Açougue que leva o sobrenome da família, comemora com orgulho os 50 anos do empreendimento, que teve início pelas mãos do patriarca, que com muito esmero e dedicação realizava os cortes e o transporte das carnes que seriam comercializadas. Atualmente, é com o apoio do irmão Nivaldo, que o empresário de 55 anos administra e atende os clientes que procuram pelo estabelecimento. Nelson relembra que cresceu em meio ao movimento do Mercado Público: “Sempre soube o que faria da vida. No começo da adolescência, ia com meu pai aos matadouros, onde acompanhava e auxiliava no processo de matar o boi, transportá-lo e fazer os cortes. A transição para estar à frente do açougue aconteceu de forma natural, afinal já esperava por isso”. Sobre as mudanças no manuseio, embalo e exposição dos produtos, avalia: “Hoje, amparado por todas as normas da Vigilância Sanitária, vejo o quanto as ações do passado, por falta de instrução mesmo, eram tão precárias. Os balcões frigoríficos, as carnes já desmontadas e a forma como já chegam para a venda, tornaram o trabalho muito mais fácil e higiênico”. Atendendo até 100 pessoas em um dia de movimento, Nelson considera o Mercado como um lugar de referência para várias tribos: “Creio que este espaço representa a tradição. Aqui, reúnem-se pessoas do interior, que ainda tem por hábito realizar suas compras, turistas, aposentados, que passam para jogar conversa fora e a própria população da cidade, que o tem como referência para compra de produtos frescos”. Casado com Osvalda, com quem tem os filhos Diana e Renan, o focalizado tem na família seu porto seguro: “Vivo para eles. Saber que estão realizados, estudando, trabalhando na área a qual escolheram me deixa feliz. Que pai não gosta de ver seu filho feliz?”, questiona. Para o futuro, surpreendentemente, apesar de cogitar o descanso, Nelson não se vê longe da atividade: “Parar em definitivo é algo que não está nos meus planos. Quero sim encerrar minha carreira com dignidade, mas estar perto desta rotina é me sentir vivo”.
Projetos
Ver meus filhos encaminhados e realizados nas profissões que escolheram e encerrar minha carreira com muita dignidade e na certeza de ter feito um bom trabalho.
Conquistas
A Diana e o Renan e a educação que pude ofertar a eles. Eles são minhas maiores riquezas e tudo que de melhor conquistei nestes 55 anos.
Qualidades e defeitos
Tenho um bom coração. Peco por ser intempestivo em algumas situações.
Mania
Estar perto dos que amo.
Lugares
O sítio onde me criei, na Ponta da Barra, na companhia de meus familiares.
Viagens
Não sou muito ligado a viagens. Meus passeios prediletos são na companhia da família, para lugares próximos, como São Martinho, onde degustamos as delícias do Fluss Haus.
Um desejo
A felicidade dos meus filhos. A alegria deles é a minha também.
Não Vivo Sem
Meu carro.
Receita de Bem-Estar
Futebol. Poucas vezes jogando, na maior parte das vezes apenas assistindo.
Pensamento
Feliz é aquele que consegue viver de forma plena sem depender do “ter”.
