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Plano Diretor teve propostas na Câmara

Com a presença da vice-prefeita Ivete Scopel, da promotora pública de Justiça, dra. Fernanda Dutra, na quarta-feira (18) foi apresentado em audiência pública para os vereadores e a comunidade, o novo Plano Diretor de Laguna. Em elaboração desde 2007 e finalizado em 2011, o documento que estabelece as diretrizes para ocupação da cidade, foi elaborado pelo consórcio Hardt-Engemin, com supervisão da Companhia de Desenvolvimento de Santa Catarina (Codesc) e acompanhado pelo núcleo gestor, este formado por representantes do governo municipal, sociedade, segmentos empresariais, populares, técnicos, poder público estadual e federal. Durante a apresentação específica da proposta de zoneamento do Mar Grosso foi diagnosticada uma diferença em parte do mapa enviado aos vereadores. De acordo com o técnico da secretaria de Planejamento, Flávio Luiz Alípio, que também conduziu a apresentação na Câmara, o zoneamento do Mar Grosso foi incluído no mapa geral da cidade com alguns equívocos pela equipe de cartografia do consórcio responsável. “Nós encaminhamos o mapa correto finalizado à empresa e esta nos enviou o documento final, que repassamos aos parlamentares”, disse. Segundo o técnico, o material está sendo refeito e será reencaminhado aos vereadores. “Nós tínhamos um arquivo à parte, o correto que foi enviado à empresa, por isso o que apresentamos estava certo”, explicou. O zoneamento da praia do Mar Grosso é uma das treze propostas que compõem todo o documento do plano diretor. Ontem (19) os vereadores realizaram uma reunião para definir novos prazos para emendas e audiências. Uma nova audiência pública, provavelmente dia 11 de outubro será realizada para apresentação das emendas pelos edis.

 
Zoneamento do Mar Grosso:
À pedido dos vereadores, foi apresentada especificamente a nova área de zoneamento proposta para a praia do Mar Grosso. A referência quanto aos gabaritos, ou seja, número de andares permitidos, será diferente para as zonas delimitadas. De acordo com o mapa, a orla da praia continuará com os mesmos padrões, com prédios de até seis andares, sendo dois pavimentos de garagem. Já nas avenidas Senador Galotti e João Pinho, principal região comercial do balneário, poderão ser construídos prédios com até dez andares, com dois pavimentos de garagem. Tendo como ponto de referência a avenida principal, o número de andares dos prédios vai diminuindo gradativamente em direção à praia e em direção ao Morro da Glória, por esta ser área de entorno imediato do centro histórico. Estas propostas poderão ser alteradas com emendas apresentadas pelos edis. A maior preocupação, segundo a arquiteta e secretária do núcleo gestor, Ana Paula Fogaça, é em relação aos recuos frontais e laterais dos prédios. “Precisamos entender que o mais importante é quanto à taxa de permeabilidade e ocupação do espaço. Temos que estabelecer áreas construídas com espaços verdes para que haja escoamento da água da chuva e permeabilidade do solo. Além disso, a iluminação e ventilação entre os prédios também é muito importante”, explicou.

 
Saiba mais:
O Plano Diretor é uma lei municipal que estabelece diretrizes para a ocupação da cidade. É um conjunto de regras básicas que determinam o que pode e o que não pode ser feito em cada parte da cidade. O documento, elaborado por técnicos e a sociedade civil organizada através do núcleo gestor, é composto por 13 propostas debatidas amplamente por mais de seis anos. Doze audiências públicas foram realizadas nas comunidades, com a participação dos moradores. As propostas foram efetuadas tendo como referência a base da legislação federal, estadual e municipal, com destaque para o Estatuto das Cidades. O prefeito Everaldo dos Santos salienta a importância de planejar o desenvolvimento urbano do município. Assim, a prefeitura em conjunto com a sociedade, busca direcionar a forma de crescimento, conforme uma visão de cidade coletivamente construída e tendo como princípios uma melhor qualidade de vida e a preservação dos recursos naturais.

 
Propostas apresentadas:
Mobilidade urbana, meio ambiente e saneamento; lei de zoneamento, uso e ocupação do solo; sistema viário e mobilidade municipal; parcelamento do solo urbano; códigos de obras e de posturas e meio ambiente; consórcio imobiliário; direito de preempção; lei do solo urbano; direito de construir e impacto de vizinhança.

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