Na última sexta-feira, 26, foram completados oito anos da morte do jovem piloto João Marronzinho Júnior, justo quando treinava em São José, para a etapa do brasileiro que seria realizada em Sorriso (MT)
Ele faleceu quando treinava no bairro Potecas, em São José, para a etapa do Brasileiro naquele fim de semana em Sorriso, no Mato Grosso. A cidade chorou a morte de João Paulino “Marronzinho” Junior, 29 anos, ele que era referência do motociclismo aqui e em todo o estado. Ele faleceu por volta das 11h, em São José, onde foi treinar ao lado de Carlos Campano e Gabriel Gentil, colegas de time. Ele sofreu a queda na seção de costelas (seqüência de obstáculos). Quando o socorro aéreo chegou ao local, já estava sem vida. De acordo com o laudo médico, um traumatismo craniano causou a morte do piloto que deixou a esposa Maria Luiza (Zanini) e um filho, Jorge, então de cinco anos, completados dia 2 de junho, seus pais, demais familiares e uma multidão de amigos. Desde que a notícia de sua morte foi espalhada, toda a cidade ficou em comoção generalizada. Inicialmente ele seria velado no auditório da Câmara de Vereadores. Mas o local seria pequeno. Familiares e amigos logo decidiram pelo Centro Cultural Santo Antônio, que desde às 14h começou a receber pessoas que insistiam em querer saber quando chegaria Marronzinho. Como acontecia sempre, após as conquistas que não foram poucas os lagunenses iam até o trevo da BR-101 para trazer de volta o campeão. Só que naquela terça-feira, o caminhão dos Bombeiros, motos e centenas de veículos (fala-se em mais de 500), se dirigiram ao trevo para buscar o ídolo, mas, já sem vida. Passava das 21h40 quando ele foi colocado no alto do caminhão da guarnição local dos Bombeiros, sendo saudado em todo o percurso, chegando ao Centro Cultural depois das 22h, onde uma multidão o esperava. Os sinos da Matriz Santo Antônio, do qual ele era frequentador, aliás sempre que possível presente nas missas do padroeiro, às terças-feiras, dobraram em meio aos aplausos e um grande buzinaço. No Centro Cultural Marronzinho foi velado até às 16h20 de quarta-feira (27), inclusive com celebração de missa pelos padres Pedro Damázio e Nilo Schlickmann. A partir das 15h os lojistas fecharam todo o comércio da cidade, até para que seus funcionários participassem dos atos de adeus ao jovem ídolo. Por insitência de populares, novamente em cima do caminhão dos Bombeiros foi levado até os bairros Magalhães e Mar Grosso, sendo igualmente saudado por todos. Em seguida, com a presença de três mil pessoas, com a bandeira do município sobre a urna foi sepultado no cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Santo Antônio. O nosso ídolo era tricampeão brasileiro de motocross, campeão da Superliga Brasil de MX, multicampeão catarinense e competia profissionalmente desde 1991. Residente na terra de Anita, ele participou das principais equipes do país durante a carreira, que começou na infância. “A sensação de perda é como se um filho tivesse ido. Perdemos um amigo, um irmão, muito mais que um atleta. O Marronzinho era exemplo dentro da equipe. Era o mais experiente, amigo, companheiro, responsável. Foi uma fatalidade. Estamos todos muito tristes”, afirmou Sandro Garcia, diretor do Grupo Geração, adiantando que a equipe Yamaha Grupo Geração Monster Energy Circuit provém seguro de vida para todos seus atletas. O contrato de Marronzinho era até o final da temporada 2012, para disputa do Brasileiro de Motocross, Superliga Brasil de MX e Arena Cross. Ele ocupava a nona colocação da categoria MX1 no Brasileiro MX e a sétima posição da MXPró da Superliga.