Tem bola em campo no Perfil desta edição. Aos 33 anos, formado em Educação Física, Carlos Felipe Schmidt, o popular Tixa, faz parte do quadro de árbitros da CBF, atuando em jogos do Campeonato Brasileiro, atividade que concilia com o serviço no Departamento de Esportes da cidade. Apaixonado por atividade física desde a infância, criado em uma família de professores, o gaúcho de registro, mas lagunense de coração, resolveu dar continuidade a tradição familiar. “Comecei minha trajetória em 2008, como professor e treinador de futsal em uma escolinha. Foi um período de aprendizado, onde tive a chance de participar e até mesmo conquistar títulos regionais com a equipe”, recorda.
Em 2010, foi convidado a treinar a base do time de Futsal de uma universidade da cidade vizinha, levando também alguns atletas de Laguna, onde conquistou alguns campeonatos. O universo da arbitragem foi apresentado a Felipe ainda na faculdade, quando começou em jogos escolares, sendo convidado posteriormente, para jogos amadores de Laguna e região, ingressando em 2007 como árbitro assistente (bandeira), na Federação Catarinense de Futebol. Há cerca de onze anos, trabalha na categoria profissional exercendo as funções de arbitro e assistente, onde já tem mais de 150 jogos no currículo, entre eles, a final do primeiro turno do estadual de 2017, Campeonato Brasileiro Feminino e jogos da Copa do Brasil e da série C. Filho de Carlos Alfredo e Maria Lili, Felipe gosta de ressaltar o importante papel que o avô, o saudoso “seo” Ido teve em sua criação. Dono de uma rotina a qual inclui treinamentos físicos e leituras das regras do futebol e análise de vídeos, ele dá seu parecer sobre quem tem interesse de seguir carreira: “Trabalhar nesta área requer preparo, para que não se cometa nenhum erro nos jogos. A arbitragem se transformou na minha paixão. Amo o que faço. Fiz e continuo fazendo grandes amizades. Tenho o privilégio de conviver com grandes nomes da arbitragem nacional e internacional”. Casado com Camila, pai de Carlos Henrique e Luis Felipe, ressalta o que seu trabalho tem de melhor: “Recebo grande apoio da família e dos amigos, e isto me incentiva muito. A arbitragem me oportuniza conhecer novos lugares, fazer amigos e claro que financeiramente também vale”. Ainda que os fins de semana sejam sempre dedicados ao trabalho, Felipe garante que tenta compensar da melhor forma possível: “Às vezes fico longe da família em momentos especiais, mas já estamos aprendendo a lidar com isso. Chegar em casa e receber o carinho de todos, é sem dúvida, a melhor parte de tudo isso”.
Para o futuro, o focalizado sonha com a possibilidade de colocar em prática um projeto focado para crianças e adolescentes: “Quero apresentar a arbitragem para as novas gerações. É um segmento em expansão e de muitas oportunidades, mas que precisa ser mais divulgado”, finaliza.
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