Nascido no Rio de Janeiro, mas criado na terra de Anita, Evandro Pereira de Souza é hoje um expert quando o assunto é tapioca. Atuando como um dos responsáveis pelo fogão de uma tapiocaria no centro da cidade, o focalizado revela aos leitores do JL um pouco da sua trajetória de vida, suas experiências e planos para o futuro.
Criado pelo pai, “seo” Edemir e pela madrasta a quem considera mãe, dona Mariza, ele começou sua carreira como auxiliar de escritório em uma empresa de ônibus: “Foi meu primeiro trabalho com carteira assinada. Um lugar no qual ganhei muita experiência e amadurecí não apenas como profissional, mas como pessoa”. Anos depois, já em 1998, Evandro apostou em uma nova área: “Conseguí uma oportunidade como recepcionista em um hotel. Ainda que me faltasse conhecimento, sobrava vontade de aprender. E assim foi. Comecei a conhecer o trade turístico, me adaptei à função e quando vi já estava confortável nas atividades que me eram estabelecidas”, recorda. Após 13 anos, ele decidiu que era hora de dar outro ritmo a sua vida: “Adorava o que fazia, mas perdia muitas datas comemorativas com a família em virtude das escalas. Foi fator decisivo para apostar no novo mais uma vez”.
Antes de se dedicar a atual atividade, o carioca ainda respondeu como operador de produção, mas com a crise no setor industrial e a atingido pela demissão em massa, se viu obrigado a se reinventar novamente: “Procurei não me desesperar e viví o momento da forma mais calma possível. Comecei a encaminhar currículos, conversar com os conhecidos até que surgiu a oportunidade na tapiocaria: “Sempre tive empatia com a culinária. A cozinha nunca foi um bicho de sete cabeças e quando vi já estava fazendo e incrementando as tapiocas”.
Quando questionado sobre o que há de melhor na atividade, elenca: “Gosto do ato de cozinhar, de elaborar, criar e claro, do retorno positivo dos clientes. Isso me estimula a querer crescer cada vez mais”.
Se o assunto é Laguna e seu desenvolvimento, o profissional avalia: “Nossa cidade é rica em história e belezas naturais e tem um potencial enorme a ser explorado. Acredito que há muito a ser feito, principalmente no que diz respeito a infraestrutura”.
Para o futuro, Evandro faz planos de empreender, montando o seu próprio negócio: “Esse é o meu novo projeto de vida. Levará alguns anos ainda, mas quero muito ter a chance de investir no setor da gastronomia”, finaliza.