Tenho certeza que muitos que lerão esse artigo irão identificar alguém com quem convive. Eu mesma o escrevi baseado em pessoas que observo construindo uma carreira e levando como companheiro diário o ego. Não podemos negar que crescer no ambiente corporativo é sempre um desafio. É necessário conhecimento, superação de desafios, metas, desenvolvimento de potencias…ufa…manter uma rede de relacionamentos, tudo isso para garantir que a ascensão ocorra. E então, após trilhar toda essa jornada, muitos esquecem do quão complexo, suado e cansativo foi estar nela. É neste momento que observamos a manifestação do ego.
Embora seja Psicóloga, não vou me referir aqui ao conceito de ego definido por Freud, vou falar do conceito do senso comum. Para a maioria das pessoas, o ego é a nossa manifestação de ser especial, que precisa que todos aplaudam e aprovem nossos feitos. Que gosta de acertar sempre, que quando acerta, assume a ação e, quando erra, geralmente terceiriza o resultado. A manifestação do ego, no senso comum, é observada quando todo o trajeto percorrido para a ascensão profissional gera amnésia quando se atinge o objetivo. Muitos esquecem que, para estarem no pódio atual, muitas foram as pessoas que contribuíram para esse lugar tão almejado fosse de fato conquistado. Estender a mão pode ser uma escuta, um conselho, um feedback, a contribuição num projeto, as formas de estender a mão podem vir representadas de inúmeras formas, não se pode deixar que a cegueira do ego faça com que esqueça destes momentos. Outra maneira de representação do ego é a competição exagerada e necessidade extremada de querer aparecer sempre. Quem tem o ego inflado, dificilmente diz “nós fizemos”, geralmente dá para si a autoria de projetos e produtos, será insegurança ou egoísmo? Eis a questão!
Será que você tem atitudes de pessoas egóicas? Segue uma pergunta para lhe ajudar a refletir: você se sente superior aos outros? Se você respondeu sim, há uma possibilidade de que seu ego esteja no controle de sua carreira ou vida. Mas, não se desespere. A consciência é o primeiro passo para a mudança. Não caiamos em tentação, não podemos permitir que nosso ego, nos torne onipotentes. O ego pode te levar muito mais longe, porém corres o risco de ficar lá sozinho e, me diga, qual a graça nisso?