Perfil

Roberto de Bem Ramos

Aos 39 anos, o lagunense Roberto de Bem Ramos, acumula em seu currículo, muito conhecimento, graduações e especializações e uma grande paixão pelo empreendedorismo.
Filho de dona Amélia de Bem e de “seo” Ismar João Ramos, o focalizado, que atualmente é mestrando em Direito Societário e Empresarial, na PUC, é formado em Engenheira de Aqüicultura pela UFSC e Direito pela Unisul e possui especializações em Direito Ambiental e Engenharia Ambiental pela UFSC, Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, pela Univali, Direito Tributário pelo IBET (SP) e ainda Direito Processual Civil pela Cesusc.
Não bastasse tamanha atuação na carreira juridica, o pai de Maria Antonia, Francisco e Bernardo, ainda no final do ano passado se viu à frente de mais uma responsabilidade: a abertura do La Ballena Bar e Restaurante: “A inauguração desse projeto é fruto das raízes familiares. Na década de 60, meus pais foram proprietários da lanchonete Estrela, no Centro Histórico e posteriormente criaram o Bar denominado Salva-Vidas, na beira Mar do Grosso, que deu origem ao Restaurante Baleia Branca, em 1974. Assim, desde que me entendi por gente, sempre estive dentro de um restaurante e ganhei a oportunidade de trabalhar em diversas áreas e conhecer excelentes profissionais do ramo da gastronomia, que muito contribuíram em minha formação pessoal e profissional”.
A ideia de montar um novo espaço gastronômico, se deu após a reestruturação do projeto do terreno que ocupava o Restaurante Baleia Branca: “Percebi que gostaria de por em prática um antigo sonho de adequação e aperfeiçoamento das minhas origens. Assim surgiu a oportunidade do empreendimento Bar e Restaurante La Ballena, onde tentamos aliar uma boa gastronomia num ambiente charmoso e ao mesmo tempo rústico”, explica.
Quando questionado sobre a recepção e aceitação do público lagunense e dos turistas, Roberto avalia: ”Sempre trabalhamos com os pés no chão. Nunca podemos deixar de buscar sempre o melhor para o cliente e as pessoas que trabalham no La Ballena. Creio que estamos no caminho certo, mas é fato que lidamos com um público cada vez mais exigente, e sempre buscamos algo a mais para acrescentar. A aceitação do público superou nossas expectativas, o que nos obriga a sempre estar atentos para não deixar cair na rotina. Acredito que o segredo para qualquer sucesso profissional é o saber olhar, escutar, observar e ser humilde em reconhecer os erros e tentar aperfeiçoar e corrigir de forma rápida e eficiente”, avalia.
Casado com Ana Cláudia, ele revela aos leitores um pouco do que é seu dia a dia: “Como todo começo de um novo negócio, o restaurante requer maiores cuidados, até mesmo para minimizar os erros. Tive o dever de me organizar na estruturação do La Ballena e na sua abertura num período de recesso jurídico, onde houve uma dedicação e cuidado maior no restaurante, sendo que as decisões foram e são tomadas em conjunto com sócios e uma gerência profissional, requerendo assim, uma intervenção pontual e eficiente nas tomadas de decisões. Paralelamente, no escritório de advocacia, me dedico integralmente, uma vez que a rotina de um advogado não é só litigar ou brigar perante um juiz e partes, e sim, administrar conflitos e ser um estrategista para diminuir a atuação estatal e resolver de forma rápida, eficiente e econômica para o cliente. Dessa forma, a administração dos negócios, apesar de ramos distintos, convergem em muitos momentos em decisões rotineiras do meu dia a dia”.
Quando questionado sobre o que falta para o tão desejado desenvolvimento de nossa cidade, avalia: “É preciso que a população aprenda a votar em pessoais idôneas e puna os maus políticos.
O desenvolvimento traçado para qualquer objetivo, pessoal, profissional e no nível de município começa com simples atitudes do dia a dia da população, como por exemplo, a começar pelos administrados, se policiando em tocar o seu lixo no lixo, em épocas de eleições serem mais conscientes em eleger os candidatos, e não se trocar por meia dúzia de promessas”.
Em tempos de tanta recessão econômica e incerteza sobre o que será do futuro do país, Roberto aponta o maior desafio do empresariado em seu ponto de vista: “Seja em Laguna ou em qualquer outro lugar, acho que muitas vezes falta confiança no próprio negócio e no potencial que os empreendimentos possuem. Não há dúvida que a burocracia estatal imposta é um atraso enorme para qualquer idéia de empreendimento. Além disso, há sempre forças escusas ofertando dificuldades para vender facilidades, mas tais situações devem ser tratadas pontuais e levadas ao conhecimento público para as autoridades competentes fazer o seu trabalho que são pagos. O certo é que a passividade de alguns setores empresariais faz de pequenos problemas, grandes obstáculos. Cito o exemplo do caótico sistema de estacionamento do centro de nossa cidade, visto que há alguns anos se avaliam modelos, mas uma resolução definitiva e eficiente não se encontra. Falta capacidade dos gestores de gerenciar os problemas e trazer alternativas. E digo gestores no contexto geral, não só aguardando atitude do ente público, que ao meu entender é um sistema falido”, finaliza.

Deixe seu comentário