Entrevista com vereadores eleitos – Patrick Matos Figueiredo, Rogério Medeiros e Valdomiro Barbosa de Andrade.

Continuamos com a série de entrevistas com os 13 vereadores eleitos em Laguna. Seguimos com os vereadores  eleitos Patrick Matos Figueiredo (PSB), Rogério Medeiros (PMDB) e Valdomiro Barbosa de Andrade (PMDB).

Patrick Matos Figueiredo (PSB) – 665 votos

Currículo

Patrick Matos Figueiredo, nascido em 27 de fevereiro de 1978, portanto 34 anos, filho de Jussalva da Silva Matos, a conhecida Nega e de João Figueiredo, o Janga e neto de Sebastião Matos, o “Tio Preto”. É casado com Suellen. Tem as filhas Izadora e Luiza. Com formação escolar no Ensino Médio, é profissional autônomo de carga pesada, sem esquecer que sua família dedica-se economicamente à pecuária de corte, além manter a tradição tropeira.

Qual sua avaliação sobre o resultado das urnas? O que representa esta renovação na Câmara de Vereadores?

Para um jovem que inicia a vida política, foi um grande desafio, vencido com muito trabalho. O sucesso foi fruto da dedicação e esforço de um grupo leal de amigos(as) e singelamente, de minha família. Em sentido mais amplo, nos poderes locais, seja no Legislativo ou no Executivo, o eleitor(a) quer mudanças. A sociedade espera dos eleitos novas atitudes.

Em seu ponto de vista, quais os grandes problemas da cidade? De que forma seria possível solucioná-los?

Enquanto candidato, nossa plataforma de campanha propunha dialogar propositivamente com a sociedade organizada buscando soluções aos diferentes problemas da cidade, tais como a fragilidade na infraestrutura de saneamento básico e saúde, de acessibilidade e mobilidade urbana, de emprego/capacitação técnica e profissional aos jovens, de segurança, entre outros. Como cidadão estou convicto de que o Poder Legislativo deve oportunizar esse debate e buscar parcerias que garantam mais qualidade de vida aos munícipes.

Quais são as suas principais preocupações para o início de mandato?

Inicialmente, eleger uma Mesa Diretora forte, competente e independente, ou seja, garantir que o Poder Legislativo lagunense  exerça com democracia e transparência a elaboração  de políticas públicas e garanta sua função de legislar e fiscalizar.

Plano Diretor: Politicamente há chance de fazer esta negociação até o fim de 2013?

Temas relevantes ao desenvolvimento da cidade, enquanto política pública como o Plano Diretor, na Câmara de Vereadores, entendo, deve ser exaustivo e amplamente debatido, possuir legitimidade e a assinatura da sociedade organizada. Se depender do mandato deste vereador, sim. Entretanto, que fique explícito: a política só é pública quando pertence a todos(as).

Rogério Medeiros (PMDB) – 948 votos

Currículo

Nascido em 25/08/1968, filho de Lezi Ana Medeiros e Antônio Souza Medeiros, casado com  Shirlene Figueiredo Medeiros, pai de três filhos: Mayara, Morgana e Mateus. Membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, fundador da Associação Mão Amiga – Terapia e recuperação para tratamento de dependentes químicos. Analista Técnico em Gestão e Promocao de  Saúde. Atualmente, trabalha na Vigilância Sanitária Estadual –   SDR de Laguna. Cursos especializados: Promoção em Saúde Pública e Mental. Formação acadêmica em Gestão Ambiental.

Qual sua avaliação sobre o resultado das urnas? O que representa esta renovação na Câmara de Vereadores?

O resultado nas urnas significou um “rompimento com a história política de Laguna” demonstrado através dos novos nomes eleitos à Câmara de Vereadores. Tenho certeza que a manifestação do povo nas urnas foi muito mais do que um resultado entre duas propostas, foi a demonstração da necessidade de mudança de rumo no cenário político. Avaliando o resultado, fiquei feliz com a eleição dos  candidatos novos, estreantes eleitoralmente, porém, conscientes de que fomos escolhidos pelo povo para atender  aos interesses da comunidade.

Em seu ponto de vista, quais os grandes problemas da cidade? De que forma seria possível solucioná-los?

Nossa cidade é turística e apresenta deficiências no atual cenário de desenvolvimento turístico. Somos privilegiados pela bela natureza e temos potencial para desenvolvimento do turismo anual e a nossa comunidade ainda não tem conhecimento desse grande privilégio. Porém, precisamos refletir sobre a qualidade dos equipamentos turísticos, infra-estrutura básica, acesso, aspectos institucionais e mercadológicos., entre outros pontos, para que, realmente, possamos  desenvolver nosso turismo  de forma competitiva, pautado na sustentabilidade e na integração do setor, objetivando gerar benefícios para a comunidade local e visitantes. Outro grande problema está na área da saúde, o grande descaso com o ser humano. A saúde é questão de prioridade nacional de ação. É notório o descontentamento da nossa população em relação ao atendimento da saúde pública, na distribuição dos medicamentos e atendimentos com médicos especializados. Precisamos focar esforços  na captação de recursos para lutar pela dignidade no atendimento aos doentes. Outro fator preocupante é o avanço do uso de drogas ilícitas que se dá em velocidade aterrorizante entre os jovens de todas as classes socioeconômicas e  exige urgência na formulação e na prática de políticas públicas eficientes para atendimento desta população de dependentes químicos. Por isso, o combate a esse mal não pode ficar restrito ao trabalho, somente,  das esferas governamentais ou das Polícias. A segurança pública, torna-se muitas vezes ameaçada diante do quadro crítico em que a sociedade vive, decorrente do uso das drogas. A solução depende de todos nós, do nosso poder de organização, da nossa vontade de lutar pelas pessoas. É fundamental o poder público e o sistema de saúde construir uma campanha de prevenção, envolvendo a participação da sociedade, das organizações, das famílias, das igrejas, dos jovens, das clínicas terapêuticas  e  voluntários.

Quais são as suas principais preocupações para o início de mandato?

Sobre nossos ombros está a grande responsabilidade de responder aos anseios do povo lagunense, tendo em vista o resultado das urnas. Temos uma casa renovada, a maioria, candidatos eleitos pela primeira vez. Será que a casa está em ordem? O que faremos para colocar a casa em ordem? São pontos de interrogações que permeiam minha mente. Nossa história política está começando, precisamos construir com sabedoria, sobre bases fortes, que não venham ruir com a chegada de vendavais que certamente surgirão no decorrer do nosso mandato. Não temos experiência, mas sabemos que é possível sim, fazer uma boa administração, ainda que os recursos sejam escassos. É preciso para tanto buscar uma vocação econômica, ter vontade política e contar com a participação da população.

Plano Diretor: Politicamente há chance de fazer esta negociação até o fim de 2013?