Quando você lê a palavra ego, imagino que o quê vem em sua mente é a imagem de alguém presunçoso e arrogante. Esse é o conceito definido pelo senso comum. Logo, quando falarmos em ego estaremos retratando exatamente essa realidade e não o conceito de estrutura psíquica conforme a ciência psicológica.
Talvez você não lembre de algumas situações em que o ego lhe atrapalhou, mas vou trazer alguns exemplos para que você possa compreender com mais facilidade. Imaginem a seguinte situação, você recebe um feedback em um processo seletivo no qual você não foi o escolhido. E então, você pensa: “Como não foi eu o escolhido?”, ou, “Logo eu, que tenho todos os requisitos da vaga, acredito que esse processo já tenha cartas marcadas”. Outro exemplo, é quando você executa um trabalho e recebe um feedback sobre pontos a melhorar e interpreta como algo que não faz sentido para você. Lembrou de alguém? Esses exemplos deixam claro como o ego pode nos deixar cego em relação a comportamentos que nos prejudicam e nos distanciam de estabelecer um olhar real para nossos potenciais e interferências.
No cenário corporativo, atitudes como falar muito e não aceitar ideias divergentes, não entender que precisa desenvolver habilidades, querer sempre que sua ideia seja aceita como a única ou a melhor, são situações cotidianas para quem é egocêntrico.
Vale lembrar que ego exacerbado pode distanciar você de sua verdadeira essência, tornando-o refém das armadura que utilizamos para mostrar ao externo aquilo que queremos e que, quando excessivamente, atribuímos rótulos como: workholic, bonzinho, durão, etc. Esses rótulos, comprometem sua imagem pessoal e profissional.
A autogestão e o autoconhecimento são o primeiro passo para mudanças comportamentais significativas. Então, se você se identificou com algumas destas situações, não se envergonhe, afinal, somos humanos e imperfeitos, porém, isso não significa que precisamos nos acomodar com o que nos incomoda.