Quando somos crianças, nós praticamos várias habilidades tais como espontaneidade, não julgamento e também a capacidade de criar, imaginar e criar cenários futuros. Qual criança não brinca de professor, médico, jogador de futebol e por aí vai até onde a imaginação é capaz de se fazer presente.
De acordo com uma pesquisa do LinkedIn que mostrou quais eram as profissões dos sonhos de infância dos usuários da rede, 30,3% dos mais de 8 mil profissionais pesquisados em 17 países, seguiram a carreira que sonhavam na infância. É um sinal de que a maioria das crianças não confirma, quando adulto, o que responderam quando pequenos à famosa pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”.
Desde cedo demonstramos nossas paixões e habilidades e é claro que identificar essas paixões já na fase adulta são a chave para melhorar nossa performance, mesmo se não forem relacionadas à carreira que sonhamos quando éramos pequenos.
É fato que com o passar do tempo vivemos inúmeras experiências, algumas positivas e estimuladoras de algumas características da infância e outras frustrantes e que nos fazem acreditar que não somos capazes, criativos e habilidosos em determinadas competências. Isso faz com que muitos adultos, calando sua criança e claro, seus talentos, tenham feito escolhas que hoje lhes conferem o título de adultos frustrados. Segundo pesquisa de 2015 da Isma Brasil (International Stress Management Association), 72% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho. E claro, fruto de escolhas que foram feitas para atender às necessidades de outras pessoas e não às suas próprias e que vão contra o que desejavam ser quando criança.
Será que você é uma dessas pessoas?
Para perceber, faça uma breve análise da sua vida profissional:
– Você atua no que realmente gosta de fazer?
– Você sofre da “Síndrome do Fantástico” no final do domingo e pula de alegria quando termina o expediente na sexta-feira?
Você trabalha porque isso te realiza ou somente porque precisa do salário no final do mês?
Tudo bem se você se identificou, não se apavore, lembre-se que não há nada tão estático que não possa ser modificado. E lembre-se da criança que um dia você já foi.
Que você tenha coragem de acessar sua criança interna, e ela lhe conduza para momentos de coragem, como um dia você já viveu e ainda brincando. Não se preocupe tanto o que os outros irão pensar, livre-se dos julgamentos. Use a capacidade de resolver as coisas de forma simples que m toda criança com sua capacidade adulta de se preparar, planejar um nova rota, se for necessário, é claro. E nunca se esqueça de ao longo da jornada se questionar: a criança que eu já fui se orgulharia do adulto e profissional que me tornei?
Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental