Consequentemente as medidas deveriam ser assim implementadas.
1.Que se determinem legalmente os territórios suficientes para cada uma das diversas nacionalidades indígenas que habitam na Amazônia, considerando sua forma de viver e de interagir com a natureza.
2.Que a delimitação e a localização dos territórios seja tal que cada um constitua um refúgio seguro e a base de sustento e nutrição dos povos indígenas e a vida da Amazônia.
Que se aplique a estes territórios uma significativa moratória das atividades extrativistas que prejudicam a floresta, também das petroleiras e das mineradoras. Da mesma forma se discuta seriamente a implementação de plantações e de criação de gado que implicam desflorestação. Especialmente que se garanta a sustentabilidade para uma eventual abertura de estradas e de centrais hidrelétricas. Em fim, que cessem as intervenções predatórias tanto por parte dos governos quanto dos grupos econômicos interessados, nacionais e internacionais.
Que os povos indígenas possam exercer nestes territórios sua autoridade, no marco da autodeterminação, do autogoverno, da justiça ancestral de acordo com os usos e costumes e sua vida política, cultural e espiritual em plenitude, sentido-se parte da nação.
Os acordos e pactos internacionais ficaram sem eficácia porque não são obrigatórios para os países. Não se estabeleceram consequências para a sua não implementação. Aspiramos que o Sínodo possa demandar aos organismos internacionais para que peçam a aplicação efetiva e eficaz das resoluções tomadas.
Pedimos aos padres sinodais que atuem com energia para pedir que os estados que se comprometeram com seus compromissos em favor da Amazônia mediante a adoção de mecanismos idôneos, independentes do vai- e- vem das conjunturas políticas.
Desta forma, a Declaratória de Santuário, será um instrumento idôneo para salvaguardar os povos indígenas em isolamento voluntário. Eles constituem grupos humanos mais vulneráveis da Amazônia e do mundo, vítimas da violência do modelo econômico global, depredador, imposto. Ao mesmo tempo comparecem como um testemunho de resistência a esta globocolonização que uniformiza e mata a diversidade e a vida da humanidade e do planeta.
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