Para exercer a atividade da focalizada desta edição é preciso habilidade e muita atenção. Caixa em uma lotérica no centro da cidade, Janaína da Silva sempre “abraçou” as oportunidades que surgiram em seu caminho: “Minha origem é de família humilde e de mulheres guerreiras. Topamos tudo que vem pela frente para concluir nossos sonhos e nos ajudarmos. O tempo me guiou até aqui”, explica.
Casada, mãe de dois filhos, Janaína conta um pouco de como administra o seu dia a dia: “Minha rotina é acordar cedo, me preparo, pego minha moto e vou para o serviço. No meu intervalo, almoço na casa da minha sogra e aproveito para ficar um tempinho com meu marido e minha filha. Retorno para o serviço e no fim da tarde vou para casa, onde termino ou começo os afazeres. Não é nada fácil encarar essa dupla jornada”.
Quando questionada sobre o que mais lhe agrada na atual função, avalia: “Os idosos educados, que chegam de forma simpática e muitas vezes contam até sobre suas vidas. Gosto muito de trabalhar com eles e faço o que faço com muito carinho. Sem esquecer também dos meus patrões e colegas que tornam os turnos muito mais atrativos e descontraídos. Foram eles também que me deram um apoio inigualável quando perdi meu filho em 2018”.
A necessidade de um atendimento ágil e o contato intenso com números e troco, fez com com que Janaína estimulasse ainda mais o raciocínio: “Acabei adquirindo um pensamento, cálculo e respostas muito mais rápidas. Minha mente está muito mais ativa que meu corpo o dia todo”.
Sobre Laguna, manifesta sua opinião sobre as delícias e desafios de aqui morar: “É uma cidade muito calma e pacata, tranquila, com agito apenas no verão. Hoje,como tenho uma filha adolescente, creio que por ela eu tentaria a vida em uma cidade maior, talvez na capital ou em cidades mais desenvolvidas por causa dos estudos dela e oportunidades de emprego, estágios. Nós queremos sempre o melhor para os nossos filhos e se dependesse apenas de mim eu faria o possível para isso”.
Aproveitando o gancho, a profissional enumera, o que em seu ponto de vista, é de extrema necessidade para população: “Em minha opinião falta uma administração mais coerente com os desejos do lagunense, que é carente principalmente de esporte e lazer. Não vejo se dedicarem a ações focadas no esporte, que era tão rico no passado. Creio também que falte oportunidade para os nossos jovens. A população de Laguna está resumida em idosos, pois os jovens estão buscando o lugar deles ao sol e isso custa abdicar do conforto da família, das amizades deixadas para trás, para se lançarem e se arriscarem em outras cidades”.
Na contagem regressiva para a chegada de 2020, Janaína projeta o que espera: “Meus planos são apenas viver, viajar, amar, cuidar da minha família e terminar a casa da minha mãe, um sonho que finalmente está sendo realizado”.
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