Um dos organizadores da Santa Live que será realizada amanhã, 13, o lagunense Alex Evangelista Vieira cresceu embalado pela coleção de vinil dos Beatles, incluindo discos originais da época: “Sempre gostei muito de música. Meu pai tinha uma marcenaria e na adolescência cheguei a trabalhar com ele, mas sempre soube que não era o que eu queria pra mim. Nunca tive empatia com a atividade”, explica
O músico teve empregos temporários, como auxiliar de topografia e ajudante de garçom. Em um determinado momento, decidiu que era hora de dar um rumo em sua vida: “Conclui minha licenciatura em História e comecei a me apresentar profissionalmente em barzinhos de Laguna e região”.
Em 1994, Alex recebeu o convite para integrar a PH7: “Uns amigos meus montaram uma banda de baile e me chamaram para integrar o grupo. Até aquele momento, tocava em uma banda de rock e decidi encarar a mudança, já que teria de me adaptar a um repertório mais variado. Assim comecei a vida como músico profissional”, explica.
Casado com Vanessa, pai de Gabriel, ele conta como tem lidado com a rotina em meio a pandemia: “Tudo mudou rapidamente. Fazíamos até três shows por semana e de repente tivemos a agenda cancelada e sem perspectiva de retorno. No início comecei a fazer lives e continuei criando conteúdos para as contas da banda nas redes sociais. As lives são propostas bacanas, mas não tem a energia do público, que só quem está no palco conhece”.
Ainda sobre essa nova realidade virtual, ele acrescenta: “É um novo tipo de interação onde o pessoal comenta em tempo real e faz os pedidos das músicas de forma imediata. A rotina de ensaios também mudou bastante, com uso de máscaras, são coisas tão inusitadas que jamais imaginaríamos passar”.
Sobre os maiores desafios vivenciados nas profissões que exerce, o filho de dona Maria Elizabete e de “seo” João Vieira aponta: “No meu ponto de vista o maior deles é formar um público que goste do repertório, sem apelações para o funk, sertanejo, pagode, axé, ritmos os quais não sou contra, mas que curtam basicamente o que eu apresento, pois assim posso passar um pouco de verdade nas apresentações”.
Quando questionado sobre Laguna, o músico manifesta sua opinião sobre a cidade: “Laguna é uma cidade linda, com pessoas maravilhosas. Nasci e vivo aqui. Nossas belezas naturais e história não existem iguais no mundo. Nossa terra é maravilhosa, possui potencial turístico, com artistas, pintores, escritores tão bacanas que merecem ser mais valorizados. Ainda nos falta alavancar a parte econômica, gerar empregos de verdade, com qualidade, oportunidades que façam as pessoas crescerem”.
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