Na época das grandes navegações, os europeus acreditavam que os povos não cristãos e não civilizados poderiam ser dominados e por essa razão achavam que poderiam ocupar todas as terras, que iriam descobrindo mesmo as que já tivessem donos. Para evitar que Portugal e Espanha disputassem terras, os governos desses dois países resolveram pedir ao Papa que fizessem uma divisão de terras descobertas e ainda a descobrir.
Em 1494 foi assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Tordesilhas, que definiu o limite entre as terras pertencentes a estes dois reinos. No caso do Brasil, que nessa época ainda não havia sido descoberto, o limite a ser definido seria uma linha que uniria a atual cidade de Belém no Estado do Pará a Laguna em Santa Catarina, ou seja, as terras situadas a leste pertenceriam aos portugueses e ao oeste, pertenceriam aos espanhóis. Posteriormente, com a união das coroas portuguesa e espanhola em 1580 e na busca inicial de índios para escravizar e depois na extração do ouro na área de Cuiabá, bandeirantes e garimpeiros atravessaram o meridiano de Tordesilhas, culminando com o estabelecimento da autoridade portuguesa na área de Mato Grosso.
Passados 526 anos, Laguna já integrava o que hoje é o Brasil.
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