Natural de Caxias do Sul (RS), a professora do Colégio Stella Maris, Sílvia De Carli Medeiros vivencia os desafios da educação a distância em meio a pandemia. Rumo aos 25 anos de profissão, a filha dos saudosos Maria Olinda e Sady Antônio, conta aos leitores do JL um pouco mais sobre as realizações que a Pedagogia proporciona.
Aos 54 anos, casada com Gilmar, mãe de João Victor, a focalizada recorda como tudo começou: “Ainda muito jovem, quando morava em São José do Norte e estudava na cidade de Rio Grande, fazia Magistério no colégio Santa Joana D’arc. Meu pai tinha restaurante e quando não estava estudando, ajudava no que era possível. Como minha mãe faleceu muito jovem, aos 45 anos, resolvi que era hora de seguir minha vida. Vim para Laguna em 1989 e logo me casei”.
A arte de lecionar sempre esteve presente na vida de Sílvia: “Acho que não surgiu, ela sempre esteve comigo desde muito pequena quando dizia para todos que eu queria ser professora”.
Formada em Pedagogia Séries Iniciais, com especialização em Metodologia do Ensino – A Prática Multidisciplinar das Séries Iniciais, ela aponta o que sua atividade tem de melhor: “Os desafios de todos os dias porque cada dia é um que se apresenta de forma diferente. Ensinar algo a alguém demanda habilidades interpessoais. O cotidiano de um professor exige muito mais do que conhecimento teórico e didático; é preciso perceber as distintas formas de aprendizagem dos alunos, bem como suas dificuldades e obstáculos. Requer empatia e sagacidade”, avalia.
Quando questionada sobre o momento que a educação vivencia em todo mundo, a professora manifesta sua opinião: “Pegou todos nós de surpresa. O contato presencial, o abraço, o olhar no olho e perceber o que teu aluno está sentindo, isso me faz muita falta. E não tem sido fácil.Computador, programas, planos didáticos, vídeo aula, nada substitui pegar na mão, escutar, observar, ajudar, acolher. E não tem sido fácil também aos pais que precisaram reorganizar a sua rotina. Mas vai passar, e vamos sair fortalecidos de tudo isso, pois descobrimos que na vida, sempre temos muito a aprender, a nos reinventar e acima de tudo nos conhecer enquanto profissionais na área da educação”.
Se o assunto é Laguna, ela fala com a propriedade de quem se considera lagunense de coração: “Estou aqui há 30 anos. Gosto muito daqui. Acho que para o tão sonhado desenvolvimento faltam mais empregos, oportunidades e respeito ao povo lagunense e que os governantes eleitos, seja prefeito e vereadores, deixem de demagogia barata pra ganhar eleição e honrem o voto que receberam para trabalhar pelo povo e para o povo”.
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