A oportunidade de auxiliar ao próximo e transformar um momento frágil de uma doença no tratamento mais humanizado possível. Este foi um dos muitos motivos que levou Margareth Moura Kowalski a escolher a Enfermagem para carreira. Todos os outros, o leitor conhece nas linhas que seguem, no Profissional em Destaque desta edição. Natural de São Paulo, criada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a focalizada conheceu Laguna com a divulgação de um concurso público: “Já trabalhava na área, mas buscava a estabilidade, que acabei encontrando na oportunidade que surgiu na cidade. Fui aprovada e vim de muda”, brinca. Filha de “seo” Gilberto e de dona Cleusa Maria, a profissional atualmente é a responsável pelo Programa DST/AIDS e pela Vigilância Epidemiológica do município: “O trabalho é árduo e consome todo o meu dia. São diversos casos. Um diagnóstico com suspeita de dengue, como o que recebemos esta semana, por exemplo, recebe todo o tratamento específico e caso haja confirmação, é feito o acompanhamento até o reestabelecimento total do paciente”. Quando questionada sobre o que é necessário para quem quer trabalhar na área, a enfermeira pontua: “Acredito que o poder de empatia é a base de tudo e depois ter a virtude de conseguir sempre se colocar no lugar do outro, afinal, ninguém gosta de estar doente”. Sobre os pontos positivos e negativos da profissão, Margareth avalia: “O reconhecimento recebido por cada paciente é o melhor retorno. A atenção dispensada a cada um deles retorna através de carinho e respeito pelo profissional que o atendeu. É o tipo de situação que não acontece em qualquer ofício”, avalia, apontando a burocracia em alguns sistemas como um desgosto do trabalho: “No caso do posto de saúde, para solicitação de um remédio, em especial os mais caros, há todo um processo a ser realizado, o que acaba atrasando a entrega a quem precisa da medicação. Fazemos tudo que está ao nosso alcance, mas às vezes é difícil passar isto ao grande público”.E apesar da vida atribulada de compromissos, a profissional busca estudar ainda mais: “Tenho especialização em Saúde Pública e no ano passado iniciei como aluna ouvinte no mestrado. Este ano pretendo enfim conseguir a qualificação que me oportunizará iniciar os trabalhos em Saúde Coletiva e futuramente me tornar mestre na área”.
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