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Os 50 anos da TEP – Turma da Esquina do Paulista

Quem diria, lá em 1970, que a formação de mais um time de futebol amador na cidade, 50 anos depois viria a ter um encontro, ainda que em plena pandemia, e obedecendo os protocolos sanitários, logo preservando a saúde de todos. Pois não é que a TURMA DA ESQUINA DO PAULISTA, situada entre a avenida João Pessoa e Custódio Bessa, no Magalhães teve esse feito, sabendo-se que  surgiu na década de 70. O fato é que os então jovens – adolescentes – estudantes e moradores da Custódio Bessa e adjacências, todos do Magalhães, se reuniam nesta esquina para conversar, tocar violão, cantar e agitar. A turma raiz, formada por Rogerio Floriano – (Magro), Carlos Alberto Viana(Caico), Enéas de Souza (Di), Edmar Berti (Bá), Mario Cabral, Beto Coelho, Mizinho Cidade de Souza, Helinho Rita, Mário José  Macuco…, só para citarmos alguns. Com o passar do tempo outros amigos foram chegando, como o Nilson Algarves, que era do então  IAPTEC. Registre-se que, o que mais gostavam de fazer era serenata para as alunas internas do Colégio Stella Maris e jogar vôlei com elas. Era uma festa! Cada um deles era apaixonado por uma “interna” como eram chamadas.

Agora, falando no futebol, em uma reunião na Sociedade Recreativa 3 de Maio (ainda na sede antiga), comandada pelo saudoso e dedicado presidente da Liga de Futebol Amador, Pedro Mauricio, foi organizado um torneio que seria realizado no chamado “campinho” do Magalhães, na verdade Praça Polidoro Santiago, que anos depois,como é hoje, transformada em praça, em frente ao Asilo Santa Isabel. Sobre o torneio: como já tinha muitos craques na turma, o Mizinho Cidade (hoje presidente do 3 de Maio) e Décio Cabral (de saudosa memória), com os demais amigos da “área” resolveram formar um time, surgindo ali a Turma da Esquina do Paulista – TEP – que, reconheçamos, fez história no futebol lagunense, até o final da década de 70, quando começaram a se dispersar, alguns ingressando na Universidade, outros se tornando funcionários públicos, técnicos espalhados por SC e alguns fora do estado.

Um pouco de história

Ficaram dispersos, a maioria, sem notícias uns dos outros, por exatos 50 anos. Mas todos afirmam que nunca foi esquecida a força da amizade e as lembranças da época de ouro em que conviviam diariamente. Espontaneamente foram procurando um ao outro e se reencontrando, um a um, logo conseguindo reunir quase todos os jogadores que compuseram o grande time e os grandes amigos da TURMA DA ESQUINA DO PAULISTA.

Encontro

Mas a melhor maneira para festejar este reencontro após 50 anos foi realizar uma confraternização na Sociedade Recreativa 3 de Maio, palco de muitos bailes que foram promovidos para celebrar e arrecadar fundos para o time. Os bailes eram temáticos, o clube sempre muito bem decorado. A lembrar, por exemplo, “A Noite do Boko Moko”, que foi um dos melhores. Com o lucro eram comprados  um novo jogo de camisas, calções, meias, enfim, um uniforme novo que era inaugurado com gala e muito estilo.

Sobre o encontro dos 50 anos, o reencontro de muitos presentes, mas, infelizmente, com algumas ausências em face da pandemia. Mas cada um que chegava era uma festa e um abraço fraternal. Todos conversavam alegremente relembrando grandes jogadas, as dificuldades, os campeonatos conquistados e claro, os perdidos.

Entre os presentes, entre outros, Rui Coelho, Claudio Trovão, Edir Cabral, João Mattos Filho, Ivan Prates da Silveira (que voava pela lateral do campo), Nilson Algarves (que o Helinho não cansava de dizer que era o melhor goleiro de Laguna na década de 70). Todos os TEPianos “raízes”, citados lá em cima compareceram. Até torcedores convidados, que conviveram com a turma estavam presentes

Todos eram unânimes em dizer que o craque do time era o já falecido Décio Cabral.

A “melhor zaga do sul do Brasil era do TEP”, formada pelo Helinho, Randal,  Mizinho na cabeça de área e nas laterais o Ivan e o falecido Oséias Cardoso” brinca um deles.

 Outras lembranças

“No primeiro torneio que participamos, estávamos inscritos e não tínhamos material nenhum. A solução foi comprar camisetas e tingí-las de preto, conforme sugestão de um dos integrantes. O Mizinho, fez uma matriz com o nome TEP e pintada uma a uma. Foram feitas somente 11 camisas, não tinha reserva, ninguém poderia se machucar. Resultado do Torneio Início, como era chamado: TEP CAMPEÃ.

Mas no encontro rolaram histórias a tarde inteira e todos saíram com a certeza de que iremos nos reencontrar”, disse o bioquímico Nilson Algarves.

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