Durante o programa Conexão ND, da Record New/SC, apresentado às segundas feiras pelo jornalista Moacir Pereira, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira falou sobre as próximas eleições, a força do partido e outros assuntos da atualidade catarinense.
O lagunense ex-governador Eduardo, que também já foi prefeito de Criciúma, deputado federal, Constituinte e vice-governador de Santa Catarina, deu seu prognóstico sobre o ano de 2021,
dizendo que, apesar de o MDB catarinense ter uma história “linda, de grandes líderes”, em dado momento o partido “desarticulou”.
“Na última eleição nós não fomos para o segundo turno, algo inédito na história da política de Santa Catarina.
Isso nos deixou, teoricamente, enfraquecidos, mas as eleições municipais mostraram que esse histórico ainda permanece vivo na memória do catarinense.
É o partido que elegeu quase o dobro do número de vereadores do que o segundo colocado, elegeu mais prefeitos do que qualquer outro partido”, relata.
Moreira antecipou que, em 2022, o partido lançará um candidato ao governo do Estado, algo que considera “irreversível”, falando que o MDB tem 25% dos deputados, aliás citando a eleição de Mauro de Nadal, para a presidência da Alesc.
O nome natural na atualidade, seria o do senador Dário Berger, relatou, classificando o parlamentar como o “maior mandato do partido, o mais exitoso”, prefeito por várias vezes de São José e de nossa capital.
O ex-prefeito de Florianópolis e de São José é o candidato do político lagunense, mas o ex-governador cita que, na verdade, Carlos Chiodini, deputado federal pelo MDB, tem pretensão de ocupar a cadeira que está atualmente com Moisés.
Antílio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul, também é um forte candidato ao cargo. Lembrou da força deixada por Pedro Ivo, Luiz Henrique da Silveira e de Paulo Afonso, sem esquecer de Raimundo Colombo.
“O MDB terá candidato ao governo em 2022, então que essas posições não ofusquem essa condição, isso tem de ficar claro”, afirmou Pinho Moreira, que também ressaltou que o atual governador agora tem uma relação melhor com o MDB, partido que, também segundo o ex-governador, ajudou muito Moisés. Moreira comentou também a ideia do deputado Rogério Peninha, em promover uma prévia em agosto, para definir um nome ao governo no próximo ano. Perguntado se colocaria o seu nome à disposição, deixando claro que gostaria de concorrer ao Senado, até mesmo pela experiência acumulada como deputado, secretário da Casa Civil, presidente da Celesc, vice governador, governador, enfim.
O ex-governador falou sobre a situação que viveu no mês passado durante a Operação Alcatraz e considerou “extremamente desagradável pela publicidade”.
“Vieram na minha casa por algo que ocorreu em 2008, numa dispensa de licitação da Celesc, passado por todas as etapas da empresa, assinada por mim e cinco diretores, e depois, no Tribunal de Contas, um técnico deu parecer por multa, e aí um dos conselheiros pediu vistas e deu voto divergente. Por 5 a 1 foi aprovado o voto divergente, um processo legal”, conta.
O ex-governador havia prestado informações para a Polícia Federal e teve alguns documentos levados, que espera receber de volta em breve.