Perfil

Jane Vieira Gariba

A coluna Perfil dessa semana é dedicada à arte.
A filha de dona Nilcéia e de “seo” Jorge Luiz Vieira, a laguense Jane Vieira Gariba tem nas recordações da infância o primeiro contato com esse universo: “Lembro que ainda menina admirava por horas quem soubesse desenhar. Minha mãe, avó e minhas tias são muito talentosas e exercem atividades como renda de bilro, crochê, macramé, bordado e pintura em tecido, que são praticadas até hoje”.
Formada em Pedagogia, Jane começou a dar aulas ainda no final da adolescência, aos 16 anos, e hoje se orgulha em ver homens e mulheres “feitos” que um dia foram seus alunos: “Trabalhei em várias escolas particulares e públicas, do estado e do município, nas séries iniciais ou lecionando educação artística. Também prestei assessoria na sala informatizada”, recorda.
Em 2007, um novo passo foi dado em sua carreira. Foi aí que surgiu o Pequeno Universo Atelier: “Na época entrei para um clube de miniaturistas na Internet, onde aprendi técnicas e desenvolvi um método pessoal de criar os mini ambientes unindo várias formas de arte. Desde então essa se transformou em uma das minhas maiores paixões”.
Casada com Luiz Alberto, popularmente conhecido por Gariba, com quem tem as filhas Caroline e Gabriela, no final de 2016, a artista se deparou com uma doença que a fez mudar os rumos da trajetória profissional: “Depois de muitas crises de dor, descobri a espondilite anquilosante. É autoimune, inflamatória crônica e afeta minhas articulações. Diante dessa dificuldade, hoje, as artes criadas no atelier ganham o toque da família inteira, que acaba colaborando em todos os processos”.
Para confecção de um quadro, Jane e sua “equipe” levam cerca de duas semanas, podendo variar de acordo com a quantidade de detalhes. Seu maior desafio é continuar trabalhando com a mesma desenvoltura: “Hoje minha rotina possui algumas restrições. Não quero perder o movimento das minhas mãos. Peço a Deus todos os dias, saúde para continuar levando este pedacinho de encanto na vida de alguém”.
Para o futuro, ela esbanja planos e muita força de vontade: “Queremos montar um canal de vídeos com tutoriais, mostras, exposições e projetos. Participar mais ativamente das artes em nossa cidade, pois temos muitos talentos que admiro”.
Se o assunto é Laguna, a artista abre o coração: “Amo essa terra. Minha história está intimamente ligada ao tempo que vivo aqui. Inclusive, tenho uma exposição já pronta chamada Janelas do Tempo, que retrata o cotidiano da vida em Laguna na década de 70. Acredito que ainda precisamos despertar no sentido de que cada pessoa se sinta parte da história tão rica que temos. É preciso acreditar no turismo cultural, gastronômico, histórico, esportivo, religioso e de lazer, assim comunidade e administração crescerão juntas”.

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