Daqui há alguns dias iremos celebrar a Páscoa, culturalmente associamos a data, além da simbologia religiosa, à entrega dos ovos de chocolate que simbolizam a fertilidade e o renascimento. Naturalmente, e como de costume, comecei a refletir sobre o que podemos tirar de lição da ocasião e obviamente quero me apegar especificamente a um chocolate conhecido no mercado, o kinder ovo. Imagino, principalmente se você tem filhos pequenos, ou sobrinhos, que em algum momento você já foi pressionado para comprar este ovinho porque ele tem uma surpresa dentro, o que causa expectativa e curiosidade nas crianças.
Quando trago essa analogia do Kinder ovo para a gestão de pessoas há um ponto de convergência entre este chocolate e pessoas, a surpresa. Isso mesmo, liderar pessoas é estar disposto a abrir um kinder ovo por dia, às vezes a surpresa é boa, outras já é conhecida, e por vezes, desagrada, faz sentido para você? Ao contratar uma pessoa existe uma expectativa, a mesma da criança em descobrir qual o brinquedo irá encontrar em cada ovinho novo. Com gente não é diferente, há expectativa que o novo colaborador surpreenda, faça e aconteça e a recíproca é verdadeira, muitos profissionais trocam de empresa, de segmento para ver se os próximos líderes serão diferentes e pasmem, algumas vezes a surpresa não é agradável e os ciclos se repetem.
O que fazer quando “o brinquedo” é repetido? Quanta frustração, não é mesmo? Repensar seu processo de escolha talvez seja um caminho, ou será melhor mudar a escolha do chocolate? Que tal investir no talento, acredito muito nessa opção. Quando escolhermos pessoas pelo que fazem bem e investirmos nisso, possibilitamos a evolução de talento em pontos fortes e, aí sim, transformamos diamante bruto em diamante lapidado. Assim os “brinquedos” repetidos diminuem e as chances de se surpreender aumentam.
É claro que pessoas possuem valores, talentos, sonhos, personalidades diferentes, é natural que haja surpresas em nossas relações pessoais e profissionais, o convite aqui é despertar o olhar para a possibilidade que existe na diversidade humana e que nosso foco sempre seja direcionado em desvendar o recheio, o que tem dentro de cada um, independente da surpresa, algumas doces outras amargas, o que fica é o aprendizado e a sensação em conviver, desvendar e crescer com a singularidade de cada surpresa que existe dentro de cada um de nós. Pense nisso!
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