Nascido aqui às 9h do dia 12 de fevereiro de 1939, filho de Nair Maria de Jesus e de Hercílio Roque e reconhecido em outras regiões, especialmente em Porto Alegre que o adotou na maior parte de sua vida, o compositor lagunense Ivaldo Roque, cedo, dos 8 aos 14 anos de idade trabalhou como entregador de telegramas da antiga Companhia Telefônica Catarinense, onde hoje funcionam as Lojas Fretta, mas demonstrando e até provando que sabia tudo de violão. Fez o primário na Escola Comendador Rocha. Em seguida foi para Porto Alegre, onde aprendeu a profissão de tipógrafo e passou a trabalhar nas oficinas do Correio do Povo, à rua Caldas Junior, ali alcançando a merecida aposentadoria. Mas em meio ao trabalho no Correio do Povo, Ivaldo continuava compondo e até se apresentando em restaurantes e casas noturnas como Vinha D’Alho e Chão de Estrelas. Foi ali que conheceu, entre outras feras, como ele, Lupicínio Rodrigues e Elis Regina, a Pimentinha que pediu uma composição a Ivaldo, gravando Moda de Sangue (feita em parceria com Jerônimo Jardim) e “estourando”em todo o Brasil, no disco Saudades do Brasil, sendo teme das novelas Coração Alado e Torre de Babel, da rede Globo. Outro grande “monstro”da música popular brasileira, Pery Ribeiro, também “gravou Ivaldo Roque”, com a música O rancho convida. Roque também fez a música Porto Seguro que Eliana Pitmann gravou em seu disco Das duzentas milhas para lá. Mas o nosso conterrâneo também foi professor universitário, lecionando na Faculdade Palestrina. Ali teve inspiração para compor a obra erudita Prelúdio Regional, editada em Nova York e que até hoje faz parte de repertórios de concertistas de violão que executam autores latino-americanos.Com sangue de carnaval nas veias, ele integrou a ala de compositores da Escola de Samba Academia Praiana, ganhando o título do carnaval de Porto Alegre em 1976. Junto com Osnil Lopes, Jerônimo Jardim, Kenny Braga e Loma, formou o Grupo Pentagrama, lotando os auditórios da capital gaúcha. À pedido da secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, em parceria com Jerônimo Jardim compôs a música (Festa dos Navegantes) que seria e é o tema oficial da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a maior festa religiosa de lá.Ao lado de Carlos Alberto Barcelos, o Roxo apresentou o programa “Gaúcha dá samba”, pela Rádio Gaúcha, focalizando tudo sobre o carnaval.Bem, aí estava na hora de retornar para o torrão natal e aqui compôs temas para Mocidade Independente e Brinca Quem Pode e até trabalhou no Departamento de Turismo e na Rádio Difusora e durante o verão, sua casa era “invadida” por amigos como José Matzembacher, Talo Pereyra, Beth Jager, Loma, Jerônimo Jardim, entre dezenas, que vinham visitá-lo.Ivaldo Roque faleceu aqui em 17 de abril de 1985.
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