Dia 2 de junho é data para reverenciarmos a morte de Giuseppe Garibaldi, ocorrida em 1882, na Ilha de Caprera, onde residia em companhia de sua terceira esposa, que lhe havia dado três filhos, mas que faleceram jovens, sem gerarem descendentes.
Seu segundo casamento terminou na porta da Igreja, uma hora após ter-se casado, quando recebeu uma carta anônima denunciando que havia sido enganado, porque sua agora esposa ocultou que estava grávida de um seu oficial.
Foi somente com seu primeiro casamento, com a também Heroína Anita, que Garibaldi teve quatro filhos que geraram uma enorme descendência. .
Naquele longínquo ano de 1882 foi sepultado naquela ilha um homem que já povoava a imaginação de todo mortal que nutrisse sentimentos libertários, um personagem profundamente aclamado como herói real, daqueles que só existiam em contos ou em óperas.
Fato atípico ocorreu momentos após sua morte, quando uma violenta tempestade irrompeu em Caprera, ao entardecer, obrigando as personalidades presentes a ficarem na ilha durante toda a noite e por mais alguns dias em toscas acomodações, já que a ilha não possuía outras acomodações que não fosse a casa de Garibaldi.
Em todos os países do mundo a notícia ocupou a primeira página dos jornais. Na França, ao tomar conhecimento, a Câmara dos Deputados, por duzentos e noventa e oito votos contra cento e noventa e nove votos, decidiu interromper a sessão em sinal de luto.
Foi somente em 26 de junho que se completaram as cerimônias fúnebres, quando ocorreu seu sepultamento. Seu corpo foi colocado dentro de um bloco de granito rústico que lhe serviu de ataúde, que depois foi fechado com a colocação de outro granito rústico com mais de três toneladas. Sobre sua esquife foi colocada uma simples estrela, a mesma que usou quando com os Mil, iniciou o terceiro e vitorioso período da unificação italiana.
Nenhuma data ali foi colocada, nenhuma frase!
Somente um nome foi inscrito no frio granito: “GARIBALDI”.
*Por Adilcio Cadorin – Advogado/historiador
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