Com a presença do Ministro Victor Godoy, da Educação e de outras autoridades estaduais, todos recepcionados pelo prefeito Samir Ahmad, na terça-feira, 14, aconteceu o lançamento da Pedra Fundamental da Escola Bilíngue de Surdos em Laguna.
O evento aconteceu inicialmente no Cine Teatro Mussi, onde foi apresentado o projeto da construção da escola e a importância do ensino em libras para o desenvolvimento social. “A proposta aqui é uma das principais ações para uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Investimos mais de R$ 5 milhões em educação para todos. É um compromisso do governo federal com todos os estudantes”, disse o Ministro.
Para o prefeito Samir Ahmad, a Escola Bilíngue é um presente para Laguna. “Somos a primeira cidade de Santa Catarina a receber a Escola Bilíngue, dedicada ao a aprender e ensinar o idioma libras, a linguagem do amor. A implantação da escola para surdos em Laguna deverá impactar positivamente todos da cidade”.
A realização para a escola no município foi através de muita dedicação e mobilização da comunidade surda e da própria secretária de Educação, Juliana Fagundes afirmando que “hoje realizo um dos maiores sonhos como educadora e em toda minha vida profissional, com a certeza de que a escola será uma referência em toda a região”, disse.
O projeto prevê a construção da rede de ensino com método de ensino exclusivo em libras, para alunos surdos, do ensino infantil ao médio. Será uma escola piloto regional que atenderá alunos de toda a Amurel-Associação dos Municípios da Região de Laguna, com a expectativa de atender até 120 alunos.
Foi uma cerimônia inteiramente traduzida para o idioma em libras. Encerrado o evento no Cine Teatro Mussi, todos se encaminharam para o bairro Progresso, exatamente na área onde será construída a escola, com o lançamento da pedra fundamental.
Sobre a Escola Bilíngue
Laguna foi a única cidade em Santa Catarina a receber a Escola Bilíngue, além de outros três estados no Brasil.
Recorde-se que em janeiro, o prefeito Samir, acompanhado da secretária de Educação, Juliana, recebeu a visita da Diretora de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos da Secretaria de Modalidades Especializadas do Ministério da Educação – MEC, Cristiane Nunes Bez Batti, que também é surda, quando foi oferecida a instalação de uma escola municipal bilíngue, com método de ensino em libras, para atendimento de alunos com deficiência auditiva.
De acordo com o MEC, o espaço físico da Escola Bilíngue será adaptado com as seguintes estruturas:
– salas de aula equipadas com projetor de multimídia;
– laboratório de ensino de português – sala equipada com projetor de multimídia e notebooks individuais para aulas específicas de Português escrito. Recomenda-se haver dois laboratórios deste.
– sala para a estimulação precoce;
– salas para creche;
– sala de recursos (para serviço de atendimento educacional especializado da educação especial);
– brinquedoteca;
– videoteca;
– biblioteca com livros que atendam desde a educação infantil até o ensino médio;
– laboratório de informática com acesso à internet de banda larga;
– laboratório de ciências;
– sala para estudos;
– sala de convivência ou ações com a comunidade (espaço para associações de surdos, FENEIS, pais e alunos);
-sala de intérpretes;
– estúdio para filmagem e edição;
– refeitório;
– sala para a direção;
– sala para a secretaria;
– pátio coberto;
– parque infantil;
– quadra poliesportiva;
– sala para os professores;
– sala para os intérpretes;
– miniauditório para cursos;
– auditório;
– se possível, banheiros exclusivos para cada etapa (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio);
– estacionamento para funcionários e público em geral.
Para atender à demanda de uma Escola Bilíngue, é desejável que essa escola disponibilize as seguintes séries da educação básica:
– Educação Linguística Precoce: atendimento individual
– Educação infantil:
- berçário 1: 4 a 11 meses;
- berçário 2: 12 a 23 meses;
- maternal 1: 3 anos
- Pré-escola: 4 e 5 anos
– Ensino Fundamental:
- séries iniciais: 1º ao 5º ano
- séries finais: 6º ao 9º
– Ensino Médio
– EJA – 1º, 2º e 3º segmentos
– Projeto interventivo