O Metaverso ainda não é algo concreto, afinal, ele ainda está em fase de desenvolvimento da tecnologia para implementá-lo no dia-a-dia das pessoas e empresas. Mas já existem empresas que se aventuram, principalmente no segmento de jogos, com shows de cantores famosos e seus avatares ao vivo. Enquanto Mark Zuckeberg, CEO do antigo Facebook, atual Meta, investe neste novo universo virtual, pessoas como Tim Cook, CEO da Apple, ainda possuem ressalvas quanto a esta tecnologia.
Existem duas formas de se explicar este fenômeno, a primeira podemos dizer que é otimista, e vê o Metaverso como uma tendência irrefreável na digitalização da sociedade. Cada vez mais, as pessoas passam mais tempo online, e tem se popularizado atos com experiências híbridas, como ler um cardápios de restaurantes pelo QR Code ou receber uma promoção por geolocalização. É válido afirmar que estamos apenas no início de uma jornada com destino à imersão total. Se for como os proponentes do Metaverso apontam, ele representa um mercado de mais de um trilhão de dólares até 2027. E dizem que os primeiros a chegarem ficarão com uma bela porção disto.
A outra versão é posso dizer que chega a ser mais pessimista. Ela vê este universo virtual como uma jogada arriscada, patrocinada por big techs, como Google e Meta, que precisam oferecer novidades para expandir o mercado. Seria uma forma de competir com as novas plataformas, como Tik Tok ou Twitch. O metaverso depende do hype e do investimento destas empresas. A qualquer momento, esse universo pode ser desligado da tomada e deixar de existir em pequenos instantes.
É notável que o tema Metaverso sofreu um resfriamento, até por uma questão econômica. Hoje, o cenário mundial apresenta vários desafios, como inflação, política, rompimento das cadeias de suprimento, guerra e insegurança alimentar e energética. Exemplo disso é que a venda de terrenos de um dos mais conhecidos metaversos, o Descentraland, caiu mais de 95% em relação ao ano passado. As NFTs enfrentam grande desvalorização. As ações da Meta passaram a sofrer uma queda na bolsa de valores recentemente. De acordo com a revista Forbes, Zuckerberg perdeu metade da sua fortuna e deixou de ser um dos homens mais ricos dos Estados Unidos.
O Metaverso pode ser enxergado como um recurso de branding, ou seja, uma forma de associar as empresas com inovação, digitalização e disrupção ou como um canal de atendimento, mais um lugar onde seu cliente está e, portanto, você também deveria estar para acompanhar a evolução. Alguns segmentos específicos, como o setor de eventos, podem se beneficiar em criar eventos híbridos ou digitais. Os setores de games e entretenimento pop geek, por exemplo, podem aproveitar da afinidade natural de seus clientes e usuários com a experiência digital para lançar produtos. No game Fortnite, por exemplo, já ocorreu shows como de Travis Scott, Ariana Grande e do brasileiro Emicida.
Mas vale a pena entrar no Metaverso?
Para responder esta pergunta é necessário entender qual o nível de alinhamento entre o negócio e este novo canal. É necessário se perguntar se o público-alvo do negócio é early adopter ou está alinhado às experiências de VR.
Para isso, a empresa precisa estar 100% digitalizada em todos os seus processos internos e externos, além de ter todos os setor interligados, com atendimento online otimizado e de qualidade, ou seja, serviço otimizado, na nuvem, que integre todas as áreas da empresa. Já existem empresas que vendem dentro do Metaverso, tanto a versão do produto em NTF, quanto a física.
Muitas empresas já realizaram ações dentro do universo virtual, como as lojas Renner, que inaugurou uma loja dentro do jogo Fortnite. A Nike, o Itaú e a Balenciaga também fizeram investimentos online. Mas é importante compreender que o Metaverso não é um site, um jogo ou um console. Ele é um ecossistema que ainda não está consolidado. É comum que haja uma explosão de projetos e possibilidades para que apenas os melhores no longo prazo permaneçam. Portanto, cabe uma análise do mercado como um todo, e das opções que oferecem maiores chances de continuidade de longo prazo dentro desse “novo mundo virtual”.
Antes de expandir seu negócio para o Metaverso, é importante avaliar os riscos e refletir como está sua empresa hoje no mercado. Todos os processos estão organizados e automatizados? O atendimento ao cliente funciona em todas as plataformas e está integrado? Os processos foram migrados para a nuvem? Se a resposta é não, é vital organizar a empresa primeiro. Com a nossa expertise na área, sabemos quanto a organização é necessária para melhorar o desempenho, tanto no trabalho externo quanto no interno. Gestão e inovação são elementos fundamentais para o crescimento de qualquer negócio, mesmo fora do Metaverso.
*Por Irene SilvaCEO da Ellevo Soluções
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