Em algum momento da sua carreira você já foi chamado para uma entrevista de emprego?! Imagino que sim! É natural que fiquemos ansiosos e com expectação diante de uma possibilidade de mudanças de vida e de carreira. Existem alguns pontos nestes processos que sempre me chamaram a atenção: a vontade de entrar em uma vaga e com ela a aceitação de todos os critérios possíveis versus o desejo de sair diante das dificuldades – às vezes a dificuldade é aquela em que o candidato declarou que tinha conhecimento ou experiência. Conhece alguma história parecida?
Bem, nos dias atuais, o maior dilema de todo profissional é o poder de escolha, são tantas as possibilidades que se perde, literalmente, a bússola interna, fica confuso, quer tudo e acaba não escolhendo nada ou, algumas vezes, faz essa escolha baseada em percepções equivocadas. Com as oportunidades de trabalho não é diferente.
A maior parte das pessoas se impressiona com políticas, benefícios, marcas, fama e com isso, esquecem de se questionar o porquê desejam entrar naquela empresa, e essa reflexão é importante sim, pois seu trabalho pode te fazer crescer ou adoecer, logo, não é uma decisão simplista. Você precisa se conhecer, saber quem é, para onde quer ir e, principalmente, se a tão sonhada empresa, de fato, tem convergência com tudo isso.
É fato que, quanto mais nos conhecemos, mais fazemos escolhas congruentes com o que queremos, mesmo que o mundo externo critique ou não entenda. E quando você se conhece perguntas como: quais suas qualidades e os seus defeitos? Não são um problema, porque você tem clareza de quem é, e não se preocupa em ser um personagem que deverá ser escolhido na trama organizacional, ou não irá conseguir manter o que disse na entrevista, já que precisou “criar” coisas a seu respeito apenas para se tornar atrativo. Certa vez escutei de uma gestora o seguinte: era um salmão na entrevista, porém, no dia a dia, se comporta como sardinha. E você como se comporta pós entrevista? Quem é você de verdade, prometeu algo e agora esse é o seu motivo de reclamação? Cuidado! Sempre há tempo para mudanças e, na maioria das vezes, não só de lugar, mas de dentro para fora. Pense nisso!
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