Uma expressão muito conhecida quando queremos fazer referência às pessoas que não conseguem virar a página das situações das suas vidas, independente da área, é: pare de lamber suas feridas, pare de ficar cultuando a sua dor. Esse hábito é um dos motivos de mudanças interessantes não acontecerem na carreira e na vida de muitos adultos que conheço e imagino que você também.
Quando penso nessa expressão, lembro de um caso bem específico, tive a oportunidade de conviver com uma profissional que vivia esse dilema, havia sido demitida de uma grande empresa e no atual emprego, uma vez por semana no mínimo, trazia à tona a tal demissão, repetia a história muitas vezes, se tornou uma pessoa amarga e cansativa porque não conseguia perceber que quanto mais lambia sua dor, nunca cicatrizava a ferida. O que as pessoas não entendem durante o processo é que a ferida dói, sangra, infecciona, incomoda, mas as cicatriz não, fica a marca, mas não a dor. Adivinhem o que aconteceu com a profissional citada? Fora demitida mais uma vez e imagino que continua um caso leal com sua ferida. Um viva às repetições.
Para parar de lamber feridas é preciso reconhecer, primeiramente, um padrão, quase um vício que muitos têm de cultuar a dor. E obviamente, não acredito que seja saudável que você não passe pelo processo de cicatrização, mas aqui me refiro ao comportamento que não permite que esse processo se encerre. Compreender o que causou a ferida é também um ponto de atenção, assim podemos evitar outras com a mesma origem. O tempo vai passar igual na sua vida, seis ou três meses passarão igual, a pergunta é: você vai investir seu tempo com ressentimentos ou se propondo a (re)significar fatos e experiências? Pense nisso!
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