Esse ditado, é comum e em algum momento da vida o citamos para definir a prática de “varrer a sujeira para debaixo do tapete”, reflete uma realidade tanto na vida pessoal quanto nas organizações. Assim como uma casa aparentemente arrumada pode esconder poeira acumulada e bagunças esquecidas, nossa vida e ambiente de trabalho muitas vezes ocultam “sujeiras” que preferimos não enxergar. Mas o que exatamente estamos escondendo? E quais as consequências de deixar tudo lá, sem enfrentamento e sem análise?
No campo pessoal, o “tapete” representa os aspectos de nós mesmos que evitamos: inseguranças, medos, traumas, comportamentos repetitivos e atitudes que podem prejudicar nossos relacionamentos. O processo de autoconhecimento exige coragem para observar tudo o que está “escondido” dentro de nós, além de disposição para assumir responsabilidades. Ainda assim, muitos de nós evitam essa exploração, seja por medo do que podem encontrar, seja pela falsa sensação de conforto em manter as coisas como estão.
Nas organizações, a “sujeira embaixo do tapete” surge em formatos variados: falta de transparência, ausência de práticas éticas e desvalorização de princípios essenciais, como a coerência entre discurso e prática. Pressionados por resultados e prazos, líderes podem escolher ignorar problemas em vez de enfrentá-los, varrendo-os para debaixo do tapete na esperança de que “ninguém perceba”. O problema é que essa sujeira acumulada acaba enfraquecendo culturas e minando os relacionamentos de confiança com colaboradores e clientes.
Tanto na vida pessoal quanto no ambiente corporativo, encarar a sujeira debaixo do tapete é um passo essencial de evolução. Isso significa estar disposto a lidar com aquilo que evitamos, seja um medo profundo ou uma falta de coerência nas práticas de uma organização. A “limpeza” exige compromisso e honestidade, pois só assim conseguimos construir relações genuínas e consistentes. Para as empresas, adotar práticas éticas e coerentes é muito mais do que atender às exigências de mercado ou regulamentações, é decidir fazer o que certo mesmo quando ninguém está olhando ou avaliando.
Então, o que há debaixo do seu tapete? Responder a essa pergunta é o primeiro passo para uma mudança significativa. Para o indivíduo, isso pode significar iniciar uma jornada de autoconhecimento, buscando relações mais autênticas e decisões mais conscientes – mesmo que doloridas. Para as empresas, é um chamado à transparência, à coerência e ao respeito pelas pessoas que constroem seu dia a dia. É hora de levantar o tapete! Pense nisso.
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