Uma voz feminina acompanha o almoço de milhares de lagunenses todos os dias. Trata-se de Jupira de Oliveira Tasso, naturóloga de formação, radialista por vocação, que adentrou no universo jornalístico ainda ao acaso, mas que com o decorrer do tempo prova cada vez mais que os microfones estavam apenas a esperando para desenvolver esta faceta. O jeito extrovertido e comunicativo da focalizada faz qualquer um duvidar de que nos bancos da universidade foi Naturologia o curso escolhido: “Sempre me identifiquei com os métodos terapêuticos, com as novas alternativas, com a chance de estudar o ser humano sobre outro prisma”, revela a profissional que até anos atrás tinha na cidade sua referência como lugar perfeito para as férias: “Nasci e me criei aqui, mas passei grande parte da minha vida em Florianópolis. De repente, ainda que sem esperar, meu marido Luis Fernando me faz a proposta de retornarmos a Laguna e administrarmos a Rádio Garibaldi. Fiquei com um certo receio, mas acatei o desafio”. Na emissora do sogro, a lagunense viu o espaço ideal para disseminar seus conhecimentos: “A proposta era que eu fizesse um programa direcionado ao tema o qual tenho conhecimento técnico. O pessoal da equipe, acompanhando meu desempenho no ar, sugeriu que eu assumisse o jornal do meio-dia. Não é preciso explicar o tamanho do susto que levei ao receber esta missão”. Do nervosismo e das mãos frias do primeiro dia muito pouco restou: “Só tenho aquele mesmo friozinho na barriga, que creio ser necessário em qualquer atividade que se desempenhe. É o estímulo e o desafio necessário para realizar o trabalho ainda melhor”. Com seu público ouvinte cada vez maior, a filha de dona Alzira e de “seo” João Julio de Oliveira Neto orgulha-se em fazer parte da vida de pessoas que por vezes não conhece pessoalmente: “No programa dou espaço para que os ouvintes entrem ao vivo e façam sua reclamação, deixem seu depoimento e fico feliz quando consigo auxiliar na solução de algo que se arrasta muito tempo. Recentemente, uma moradora da Praia do Sol fez contato para que eu a ajudasse numa questão de infraestrutura da localidade. Debati o assunto no programa e cobrei os envolvidos e tempos depois ela me ligou para dizer que o problema já havia sido solucionado. Este é sem dúvida o melhor retorno que minha atividade pode dar”. O sucesso com o público, a mãe de Cândida credita ao jeito simples de falar e a sensibilidade feminina: “Em um universo composto por homens quase que em sua totalidade, apareço como algo totalmente novo. Entrei de forma despretensiosa no jornalismo, mas confesso que estou cada dia mais apaixonada pela profissão. Espero que no ano que está apenas começando, possa me aprimorar ainda mais e levar aos ouvintes um programa dinâmico e de mais qualidade”.
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