Melhor que bom? É o ótimo. Como chegar a ele?
Simples… junte-se a outros bons que acreditam em você, mantenha seus princípios, aprimore suas qualidades, busque novos adeptos, amplie seus horizontes, acredite e pratique as mudanças com coragem e destemor. Aposte todas as fichas em seu trabalho e em seu desempenho. O resultado é o ótimo.
E por que mudar se era bom?
Simples, também. O modelo antigo não atende mais às necessidades que os novos tempos exigem. É preciso libertar-se do jugo paternalista das verbas públicas. O Estado deve estar presente em todos os segmentos, mas apenas, e tão somente, institucionalmente, para não atrapalhar. O carnaval dos BLOCOS já era bom, está ficando ótimo exatamente por isso: buscaram parcerias privadas, mantiveram seus princípios, aquilataram suas qualidades, buscaram adeptos em outras praias sem desprezar os ‘nativos’, e principalmente, tiveram coragem e ousadia para praticar as mudanças necessárias.
Claro que o primeiro e mais importante passo foi dado pela ‘macro visão’ de um técnico e profissional que atualmente atua na área turística do governo municipal. A visão de quem atua na área privada não sofre com a ‘viseira do talvez’ nem com a incompetência administrativa movida pelo medo de ser ‘incompreendido’ nas urnas. Homens assim agem movidos pela certeza de que estão fazendo o melhor pela cidade e não pelos chefes ou para manter seus empregos. Mas tão importante como o primeiro passo é o segundo, o terceiro e os demais, até por que estes são, agora, movidos por vontade própria e não mais pelo impulso do primeiro.
Virgílio, 70 a.C., em A Eneida vaticinava: a sorte protege os audazes. Se vivo fosse, ele diria: a sorte aliada ao trabalho, a persistência com o trabalho, e a tenacidade somada ao trabalho protegem os audazes. Audazes são os organizadores dos blocos de Laguna que contam com tudo isso e mais o destemor e valentia, próprias dos desbravadores e destemidos. A cada ano, a cada carnaval, dedicam muito trabalho, tempo, dinheiro, muito suor e até lágrimas para colocarem seus blocos na rua durante o reinado de Momo. Os primeiros anos foram difíceis, desalentadores até. Mas desistir é verbo que não consta de seus dicionários. Perseveraram. Batalharam. E, finalmente foram vistos, reconhecidos e aprovados na essência de seus méritos. Daqui pra frente é só alegria. Com muito mais afinco e muito mais trabalho, é verdade. Mas também é verdade que com Blocos mais profissionalizados, mais competentes, apresentando um espetáculo à altura de nossa tricentenária Laguna. Tem bloco para todas as tribos. É só escolher.
Honra a quem tem mérito:
– Primeiro ao homem grande, forte, visionário e corajoso, que deixou, momentaneamente, seus afazeres particulares e plantou uma semente em 2013 e ainda a está regando, certo de que os frutos já estão surgindo, e
– Segundo, e último, para os destemidos organizadores dos Blocos de nossa amada Laguna, berço dos foliões da nossa querida, alegre e Santa Catarina.
Que venham os confetes e as serpentinas, as colombinas e os alecrins – os Blocos estão prontos para a Folia de 2014. Ah, que venha, também, a cervejinha, pois ninguém é de ferro. Redondinha, é claro. Melhor? Só se for 0800.
por Thiago Furtado de Melo Oliveira.