O salão de eventos do Iate Clube, na última segunda-feira (29), por iniciativa do escritório local da Epagri- Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catrina, sediou um seminário sobre a implantação aqui de cultivos biosseguros de camarões marinhos em áreas afetadas pelo vírus da mancha branca. Na abertura, o engenheiro agrônomo Joel Gaspar de Souza, falou sobre obras e instalação do viveiro biosseguro, focalizando a sua importância. Na seqüencia o médico veterinário Luiz Vicente Mota discorreu sobre as análises presuntivas. Por sua vez, o oceanógrafo Sérgio Winckler da Costa falou sobre os métodos empregados e seus resultados, fechando as falas com o engenheiro agrônomo Felipe Vieira que apresentou as pesquisas desenvolvidas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Os cultivos experimentais foram realizados na Fazenda Gonçalves, no Perrixil, em um viveiro de 6.000 m², com a aplicação de protocolos de biossegurança para excluir a presença do vírus da mancha branca no sistema produtivo. As principais medidas adotadas foram a esterilização da água com hipoclorito de sódio antes do povoamento, isolamento do solo de areias quartzosas com “liner”, com uma altura de 50 cm no perímetro dos taludes, para evitar a entrada de carangueijos. Não houve reposição de água e o povoamento foi feito com pós-larvas SPF (espécies livres de patógenos) na densidade de 41 camarões/m². A aeração foi na taxa de 13 hp/há e a ração comercial com 35% de proteína bruta. Durante o cultivo foram realizados o monitoramento de parâmetros físico-químicos da água e as análises presuntivas dos camarões pelo LADA/CETUBA, através de amostragens semanais para a avaliação do crescimento. O peso médio final dos camarões despescados foi de 13 gramas, com sobrevivência de 61%. A análise econômica foi apresentada com todos os registros de custos fixos de implantação e de custeio com resultados positivos. Com estas informações é esperado o emprego de tecnologias biosseguras, que venham a auxiliar a cadeia produtiva do cultivo de camarões marinhos na retomada da capacidade de produção com mecanismos de controle e prevenção da enfermidade da mancha branca, disse o engenheiro Joel Gaspar de Souza, agente técnico do escritório local da Epagri.
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