Um tema predominante nos meus textos é o poder que todos temos de assumir as rédeas das nossas vidas e tomar atitudes que nos levem ao lugar desejado, sem dar desculpas ou esperar que a sorte bata em nossas portas. Porém, existe algo que sempre entra no caminho e acaba derrubando por terra muitas das teorias que aprendemos: nossas emoções. O quanto você se deixa levar por sentimentos como raiva, fúria, irritação? Quantas vezes você explode em um acesso de cólera por algo que poderia ter sido resolvido com uma conversa? Quantos dos seus dias você permitiu que fossem destruídos por que não conseguiu se acalmar e ver a situação com mais tranquilidade? Quantas pessoas você atropela pelo caminho quando isso acontece? Quantas vezes você já se arrependeu por isso? Como você se comporta no trânsito? É impaciente e briga por qualquer coisa? Isso resolve o seu problema ou apenas te incomoda ainda mais? Você acorda de mau humor? Por quê? Você não tem que levantar de qualquer jeito? Por que não com um sorriso no rosto, recebendo com prazer a oportunidade de viver mais um dia? Tem um compromisso importante e não quer se atrasar? Por que não sai mais cedo? E se não deu certo, de que adianta deixar que isso estrague seu dia? Que bem trará guiar sua vida e suas atitudes com sentimentos tão negativos? Como seria se você conseguisse agir com mais serenidade diante dos acontecimentos, pensando racionalmente na solução, ao invés de parecer um turbilhão de palavras cuspidas sem critério ou um poço de pessimismo? Sim, eu sei que somos seres humanos e temos, sim, sentimentos e emoções, que nem sempre podemos controlar. Por outro lado, o que podemos controlar é o impacto dessas emoções em nós mesmos e a todos ao nosso redor, bem como o tempo que leva para que essas cargas negativas sejam abandonadas e substituídas por paciência, tranquilidade e otimismo. Não é da noite para o dia. Você não vai acordar o Dalai Lama amanhã só porque resolveu que será mais calmo e reagirá melhor aos acontecimentos, mas decidir já é um começo, e você pode começar a exercitar uma virtude de cada vez, devagar e sempre. Pode ser estranho e difícil no início, mas funciona. Certo, parece fácil falar, mas como começar esse processo? A primeira coisa a se fazer é praticar o otimismo, mesmo que seja um pouco forçado no início. Como eu tenho falado desde sempre, você tem o poder de escolha, e isso implica também em como você vai enxergar a vida e a sua passagem por esse mundo. Os otimistas tendem a esperar pelo melhor, e isso faz com que tenham um melhor controle de suas emoções diante das adversidades. Fazer do limão uma limonada (ou uma caipirinha) é uma arte dominada pelos otimistas, aqueles que sabem que é possível extrair algo de bom de praticamente qualquer situação. Talvez não naquele momento exato, mas os otimistas também são pacientes e sabem que nem tudo acontece do jeito que eles querem, na hora que eles querem. Se você não é um otimista ainda, lembre-se de algum que você conhece e, por apenas um momento, veja a vida pelos olhos dessa pessoa. Não é mais colorida e intensa? Qual seria a sensação se você também tivesse essas cores diante de si? Então escolha e comece por aí. Seja o seu próprio lider e, aos poucos, ensine a si mesmo como tornar-se mais sábio, mais calmo, mais positivo. Esse é o primeiro passo, e então você estará pronto para os demais!
Gabriela Besen Pedroso – www.immoderatus.com.br
