Como descrever felicidade? É um estado, um momento, um sentimento? Quais seriam os critérios necessários para checar o grau ou até mesmo a existência de felicidade na vida de uma pessoa? Será que existe alguma lista com itens a serem assinalados que, quando completa, demonstra que alcançamos o máximo da felicidade? Existe uma maneira de aprender a ser feliz? E se existe, porque não ensinam isso nas escolas? Bom, a resposta é que sim, existe uma maneira de se “aprender felicidade”, mas ao mesmo tempo não é possível medir ou auferir o quanto alguém é feliz simplesmente porque ela estudou o assunto. Isso acontece porque cada pessoa define a felicidade à sua maneira, e apesar de muitas vezes você saber os meios de consegui-la, pode não saber como adaptar a sua vida a esse caminho. Muitos confundem felicidade com alegria ou até mesmo euforia. Por esse motivo boa parte das pessoas acredita e espalha por aí que não se pode ser feliz sempre, mas apenas vivenciar momentos pontuais de felicidade. Eu faço parte de outra corrente. Acredito que é totalmente possível ser feliz, ao invés de somente estar feliz, desde que se entenda que, para tanto, não é necessário estar empolgado o tempo todo, saltitando ou gargalhando vinte e quatro horas por dia. Existem diversos fatores que, somados, podem nos proporcionar essa sensação de felicidade, de plenitude, lembrando que isso não descarta a existência de momentos difíceis ou de sentimentos ruins pelo caminho. Somos humanos e vivenciamos as mais diversas emoções ao longo do dia, ao longo da vida, mas é o que escolhemos pensar e o que escolhemos fazer a partir de cada situação que determinará para que lado a balança irá pesar. Existem diversos estudos que se propõem a entender a felicidade. Dentre eles, podemos citar as pesquisas de Sonja Lyubomirsky e de Martin Seligman, grandes nomes da psicologia. Ambos destacam que fatores externos influenciam pouquíssimo o grau de felicidade geral dos indivíduos. Circuntâncias externas, sejam elas maravilhosas ou desastrosas, podem provocar uma alteração momentânea, ou seja, podem causar uma alegria inesperada ou uma dor angustiante, mas essas sensações, por si sós, não duram para sempre. A ciência explica que, com um olhar mais positivo sobre a vida, conseguimos encarar as adversidades com mais sabedoria, enxergar melhores oportunidades e minimizar os efeitos de qualquer tragédia que possa se abater. Basicamente, praticar a positividade pode ser um dos caminhos para a felicidade. Além disso, existem ainda outros fatores que podem nos auxiliar nessa busca. Um deles é encontrar um propósito de vida, ou seja, viver uma vida com mais significado, além de simplesmente esperar o tempo passar. Ter um propósito nos faz acreditar que estamos aqui para fazer alguma diferença, para deixar um legado, o que nos proporciona emoções positivas e aumentam a sensação de plenitude. Ou seja, com um propósito tendemos a ser mais felizes. A questão é: ser feliz não precisa ser o pote de ouro no final do arco-íris. Não é necessário se aposentar para ser feliz, terminar a faculdade ou encontrar um parceiro. Não é algo que está guardado em algum lugar, esperando por você. A felicidade pode fazer parte da sua jornada e ser vivenciada durante todo o caminho, com algumas doses de euforia, outras de tranquilidade, com muitas lágrimas e sorrisos além da conta. Eu posso até ter passado algumas dicas para ajudar, mas a verdade é que você precisa fazer do seu jeito. Decida que a felicidade fará parte da equação da sua vida e busque-a da forma que puder, dentro de si mesmo, sabendo que você é o único responsável por conquistá-la. Imagine uma vida ilimitada… agora faça acontecer.
Gabriele Besen Pedroso – www.immoderatus.com.br