*14/06/1925
+23/07/2003
Nesta edição mais uma homenagem a um grande carnavalesco que marcou época na cidade, fosse com a sua querida Xavante ou com o Cordão Carnavalesco Bola Preta e que porisso, ainda hoje, merece o reconhecimento de todos nós, lagunenses que queremos ver o nosso carnaval crescer sempre mais. Falamos de Remi Fermino, tubaronense de nascimento, em 14 de junho de 1925, mas lagunense de coração e seguramente um dos responsáveis pela fama que o carnaval da terra de Anita desfruta até hoje. Era filho de Leopoldina (Barreiros) e de Manuel Antonio Fermino. Fez o primário no Grupo Escolar Jerônimo Coelho e o segundo grau na Escola Técnica de Comércio. Resultante de seu espírito inventivo, idealizou em companhia de amigos, a criação do então Bloco Carnavalesco Xavante, durante uma rodada de muita conversa no Café Tupi, isto em 1946. Na época, o carnaval se concentrava apenas nos salões dos clubes sociais. Foi quando surgiu a idéia de criar o primeiro bloco de rua, confeccionando as primeiras fantasias com produtos naturais (folhas de bananeiras, penas de ganso, plumas de capim, etc). Muitos dos enredos da hoje escola de samba Xavante ( na época era bloco), foram criados por Remi Fermino, sempre baseados em fatos históricos (história da antiga Grécia, Roma, Egito, Incas, Astecas, Maias e raças indígenas do nosso Brasil, entre outras). Profissionalmente foi bancário, inicialmente no INCO, como gerente e mais tarde como inspetor já encampado pelo Bradesco, trabalhando em várias cidades catarinenses mas sempre deixando a agenda livre em fevereiro para participar do carnaval lagunense e muito especialmente da sua Xavante, hoje escola de samba que inclusive o homenageou, tendo-o como tema enredo. No futebol ele brilhou pelo Caxias FC, do Magalhães, Hercílio Luz FC, de Tubarão e mais tarde pelo Piratuba, no meio-oeste. Era casado com a saudosa dona Neide (Poeta), com quem teve os filhos Anita e Paulo, eles que já desfilaram pela Xavante, claro. Faleceu em 23 de julho de 2003.