O amor por Laguna corre nas veias da profissional desta edição. Hereditário, muito provavelmente, fruto da paixão que o saudoso avô, “seo” Pompílio, alimentava pela terra de Anita. Carioca da gema, Márcia Maria Pinho Borges dos Santos passava suas férias de verão na cidade que um dia escolheria como sua. Filha de Marcio e Maria Carmen, a simpática e dinâmica focalizada, dedica-se ao transporte escolar há nove anos, e hoje conta aos leitores, como tudo começou. Casada com Marco Antônio, um dos motivos que a fizeram fixar raízes em solo lagunense desde 1985, a mãe de Lucas iniciou sua trajetória no comércio: “Realizei alguns estágios no tempo em que morei em Florianópolis. Quando casei, e vim para Laguna, montei uma loja com meu marido. Vendíamos brinquedos e artigos para casa. Um tempo depois me dediquei a comercialização de um plano odontológico, até o dia que minha cunhada teve a feliz ideia de dar a sugestão do transporte escolar”. A empatia com crianças e o prazer por dirigir, foram os ingredientes necessários para que “Perereca”, apelido que ganhou na adolescência e leva até hoje, fosse acompanhando seu trabalho crescer dia após dia: “Atualmente transporto cerca de 150 crianças, nos turnos matutino e vespertino, com duas Vans e uma Topic”. Com uma rotina atípica, Márcia acorda cedo: “Levanto às seis horas, tomo um café e sigo para buscar as crianças. Após deixá-las no Colégio, volto para casa, faço alguma atividade, pago contas e às 11h30 já estou em frente a escola para buscar o pessoal do turno matutino e logo em seguida a turma da tarde. O processo se encerra por volta das 14 horas, quando chego em casa, e aí, sim, posso desfrutar do meu almoço, sossegada. No fim da tarde é chegada a hora de buscar os pequenos do período vespertino”, explica. Realizada com o que faz, tendo planos de trabalhar até o momento que a saúde permitir, ela dá a dica do sucesso com a criançada: “Eles são muito transparentes e sabem quando a troca com os adultos é verdadeira. Com esse amor e muita paciência não tem erro”. Se o assunto é Laguna, ela responde com propriedade: “Não a troco por lugar nenhum no mundo. E olha que já morei no Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis, mas as vantagens de uma cidade pequena, isto só ela me oferece. É um caso de amor inexplicável”. Caseira, nas horas de folga, é curtindo a casa e a família que ela gosta de estar: “Já passo tanto tempo em função, fora de casa, que o tempo que sobra escolho sempre estar no conforto do meu lar”.
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