O ponteiro marca seis horas da manhã quando o despertador de Edson da Silva Cardoso toca. A partir de então, o lagunense dá início a uma jornada de trabalho que se estenderá durante todo dia em uma lanchonete no centro da cidade. Filho de “seo” José e de dona Valdelir, foi em Joinville que o focalizado começou sua trajetória profissional: “Recebi uma proposta aos 16 anos. Lá fiz de tudo. Trabalhei em restaurante, fui motorista, entre tantas outras experiências, mas após 13 anos em um grande centro, despertou a necessidade de voltar, investir e criar raízes na minha terra natal”. Foi então, que acompanhado da esposa Gisele e do filho Caio, ele retornou a Laguna, onde rapidamente ficou sabendo de uma oportunidade: “Chegou a informação de que estavam passando o ponto do espaço no Calçadão. Como já trabalhava no ramo, não pensei duas vezes e fiz a proposta”. Desde então, a vida do lagunense é dedicada ao espaço que abre por volta das 8 horas e só se encerra às 21 horas: “Vamos do café da manhã ao jantar e só por isso já se justifica a rotina intensa que levo”. Mas se engana quem pensa que Edson vê a atividade como fardo: “Adoro que faço e digo mais, se não gostasse, não estaria aqui. A rotatividade de pessoas, as conversas, os clientes que viram amigos, as notícias que chegam no balcão todos os dias, são tantos os motivos que me fazem gostar do meu trabalho”. Sobre os desafios enfrentados, aponta: “Acho que antes de tudo é preciso paciência. Lido com tudo que diz respeito a lanchonete. Desde o fornecedor até o cliente final, e preciso estar sempre de bom humor, para que não exista um desgaste em nenhuma das minhas relações”. Sobre a mais pedida dos lagunenses no estabelecimento, ele aponta os lanches e destaca os empregados do comércio como seu maior público. Nas raras horas de folga, procura se dedicar a família e aos seus afazeres prediletos: “Confesso que fico tão cansado com a agitação do dia a dia, que a minha disposição maior é para dormir. Mas fora isso, gosto de tomar uma cerveja com os amigos ou ficar na companhia da minha esposa e do meu filho”. E quando o assunto é a “cria”, ele já fala orgulhoso sobre o futuro do pequeno: “Ele ainda é novo, mas gosta muito de esportes. Não gostaria que ele seguisse na área que atuo, e quero muito incentiva-lo a cursar Educação Física. O futuro a Deus pertence, mas ele terá meu total incentivo seja qual for sua escolha”.
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