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Foto Bacha Digital: Há mais de 70 anos presente na vida dos lagunenses

Uma empresa com mais de 70 anos de história em Laguna. Acredite! E saiba que foi o amor quem abriu as portas desta história. Os protagonistas dela, já partiram, mas seus descendentes continuam perpetuando a tradição. Foi através de “seo” Almiro Bacha, natural de Araranguá, que tudo começou. De passagem pela cidade, encantou-se por uma lagunense, à ponto de casar-se com ela após cinco meses de namoro. Em busca de um sustento, soube da necessidade de um fotógrafo para registrar o andamento das obras no porto da cidade. Barganhou a vaga e ali começava uma trajetória profissional que tomaria proporção além do imaginário. A empatia com a profissão, somada ao auxilio do filho, Ibrahim, levou a necessidade de uma estrutura física que desse o suporte necessário. Era instalada então a sede inicial do Foto Bacha. O passar dos anos, o envolvimento do filho e logo após dos netos, fez “seo” Almiro sair de cena. Dali em diante, era Ibrahim quem tomava conta dos negócios. Na década de 60, o fotógrafo comprou um terreno, local onde até hoje se encontra a loja da família. Na época, coincidentemente, era realizada a construção do Laguna Tourist Hotel: “À pedido do “seo” Santos Guglielmi, meu pai e meu avô fizeram o acompanhamento fotográfico da evolução das obras do hotel. Na época, a escassez de equipamentos, fazia das fotos um verdadeiro documento”, enfatiza Almiro Neto, hoje proprietário de uma das empresas mais antigas da cidade. Neto, fala com a propriedade de quem começou a trabalhar aos 8 anos de idade: “Já fiz casamentos, books de gestantes e aniversários de 15 anos de uma mesma família. Acompanho gerações. São mais de 30 anos de muito trabalho e amor a fotografia”. O “senhor tempo” o fez acompanhar também a evolução do mercado fotográfico: “Costumo brincar que passei pelos 5 tipos de filme. Acompanhei toda revelação que era realizada em quarto escuro, a sensação da revelação em uma hora, até chegar as inovações tecnológicas que as digitais proporcionam.” Durante alguns anos, Almiro contou com a parceria dos irmãos, Karim e Rodrigo, que com o tempo acabaram seguindo para outras áreas: “Somos em quatro lá em casa. O André é um cidadão do mundo. Também investe na área da fotografia, mas sempre gostou muito de viajar. Atualmente ele está na Petrobrás, investindo em novos horizontes. O Karim e o Rodrigo também trilharam outros caminhos, e eu continuo aqui levando a história da família Bacha”. Surpreendentemente, um dos precursores ainda continuou na ativa até alguns anos atrás. “Seo” Ibrahim Bacha encontrou um novo filão de mercado: “Ele ficou consagrado como fotógrafo oficial dos bailes da terceira idade. Ia pela diversão, mas acabava faturando com os cliques dos jovens senhores e senhoras”, brinca. Atualmente, o fotógrafo conta com o trabalho da esposa Leda: “Ela é psicóloga formada, já atuou na área mas,  confesso que não conseguiria dar conta da demanda sozinho. Por vezes, uma gestante ou um book de 15 anos, requer um pouco da sensibilidade feminina. É nesta hora que ela entra em cena”, explica. Quando questionado sobre as famosas “cadeirinhas do Foto Bacha”, Almiro revela: “Na verdade marcou época. São poucas as crianças da década de 60, 70, que não tenham a foto sentada naquela famosa cadeira. Estou restaurando e espero que em breve os netos e bisnetos daquela geração possam repetir o feito dos  avós”, brinca. O empresário lembra também que chegou a aventurar-se no mercado tubaronense. A experiência durou cerca de três anos: “ Gostei do contato com o público de lá, da economia, mas eu e minha esposa estávamos com uma vida muito corrida. Hoje estamos dando prioridade a família, o que nos impediria de ter dois estabelecimentos em cidades diferentes”. Sobre os recursos e tecnologias atuais, ele faz sua avaliação: “Não existe foto mal batida. O computador consegue reaver qualquer situação. No meu ponto de vista, não considero isso tão positivo. A expectativa e surpresa de ver as fotos reveladas, sem saber como as pessoas ficaram, os registros de uma viagem, tudo isso tornou-se instantâneo. Hoje temos  quatro  mil fotos em um HD, mas falta paciência para assisti-las. Sou do time que gosta do papel, de ver a foto impressa. Deve ser consequência do meio que vivi e vivo”. explica, sem deixar de acrescentar os cursos que o casal procura realizar todos os anos. “Frequentamos  de dois a três cursos por ano em São Paulo, fora as feiras que nos indicam as tendências na área”, novidades estas que ele procura aplicar sempre que possível na loja: “Disponibilizamos de produtos e serviços de grandes centros com um bom preço. No pacote de gestante por exemplo, é possível fecharmos um contrato que será composto também pelo acompanhamento mensal do bebê até completar um ano”, finaliza.

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