E se não der certo? E se essa for a decisão errada? E se eu der esse passo e perceber que não era o que eu realmente queria? Todas essas perguntas fazem parte da nossa vida ao longo dos anos. Infelizmente, no entanto, muitos ficam totalmente paralisados diante dessas incertezas e acabam por não tomar decisão alguma. O problema é que, ao deixar de agir por medo da frustração, você obtém um resultado ainda pior do que teria se tivesse dado aquele salto: nenhum. Diante da possibilidade de fracasso, deixa-se inclusive de sonhar. Eu tenho uma sobrinha, linda, que está começando a falar agora. Muitas vezes, ao tentar falar uma palavra, ela emite sons totalmente sem sentido, em nada parecidos com o que ela quer dizer. Agora imagine que ela, com a vergonha e o medo de falar algo de errado, simplesmente tomasse a decisão de não falar? E se ela dissesse a si mesma que está cansada de falhar nas suas tentativas de emitir sons coerentes e resolvesse que esse negócio de falar não é para ela? Quando somos crianças, somos movidos a agir pela certeza de que aquilo é possível. Insistimos em falar porque sabemos que iremos conseguir, assim como aprendemos a andar. O medo de errar não impede que continuemos em frente, pois sabemos que, depois de praticar bastante e corrigir o que está errado, a frase sairá com os sons certos, os movimentos serão fluidos e tudo funcionará como planejado. Ao longo dos anos essa certeza do sucesso passa a sofrer alguns abalos e nos vemos encurralados em um ciclo de medo e angústia. O que você perde, ao não agir? O que está em jogo ao abrir mão do sucesso unicamente por que existe risco de fracasso? Deixe-me dizer o que você perde: Paixão, entusiasmo, empolgação. Você perde também tranquilidade, pois sempre será refém das suas desesperanças, preso a uma vida de ansiedade. Então que tal colocar na balança: O que é, realmente, mais arriscado? De um lado, você age: sim, existe o risco de falhar, mas existe também a grande chance de dar certo e você conseguir tudo o que sempre sonhou. Do outro, você assume que é incapaz de realizar algo e contenta-se com o mais ou menos, com o limbo. Será que essa é, realmente, a opção menos dolorida?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br