Semana passada eu tive o prazer de participar de um seminário de três dias, como parte de um curso com o grande Roberto Shinyashiki, o maior e melhor palestrante do Brasil. Talvez você já tenha ouvido falar de alguns de seus best sellers: Amar pode dar certo, Louco por Viver, Sucesso é ser Feliz, Problemas? Oba!, dentre vários outros. Durante o seminário, Roberto falou como precisou abrir mão de várias coisas ao longo da sua trajetória profissional, e a principal delas foi sua carreira como médico. Falou, ainda, que a vida é feita de escolhas, mas que é a nossa capacidade de abrir mão, de desapegar, que fará realmente diferença na hora de decidirmos que rumo tomará a nossa vida. Veja, todas as escolhas importantes envolvem o abandono de algo, mesmo que seja pouco perceptível aos olhos. Ter filhos envolve abrir mão de muitas noites de sono e uma certa dose de liberdade. Fazer dieta envolve abdicar de muitas comidas gostosas e daquela preguiça que faz você ficar em casa debaixo das cobertas. A questão é que, em boa parte dos casos, conseguimos abafar esses abandonos, pois os benefícios ainda fazem com que valha a pena deixar uma ou outra coisa para trás. Mas e quando a balança não é tão clara assim? E quando o sacrifício parece tão grande que nos deixa em dúvida? Como fazer quando o preço pelos nossos sonhos parece alto demais? Existe um princípio na alquimia, criado a partir da lei da conservação de energia, chamado “princípio da troca equivalente”. Esse princípio diz que não é possível criar algo a partir do nada. É preciso sempre oferecer algo em troca, de valor equivalente. Seu sonho é alto? Seus objetivos são grandiosos? Pois bem, sinto muito informar que realizá-lo sairá caro. Seja seu tempo, seu suor, seu dinheiro ou tudo ao mesmo tempo, você fará sacrifícios para conseguir o que quer. Cabe decidir se vale a pena ou não. Cabe decidir se isso é o que você realmente deseja, com todas as suas forças, pois somente isso fará com que você esteja disposto a enfrentar tudo o que estiver por vir. Você já ouviu falar no ator Bruce Lee? Ele foi uma sensação na década de 70, e até hoje é conhecido como um mito dos cinemas e das artes marciais. Um ano antes de tornar-se realmente famoso, ele escreveu uma carta para si mesmo, que dizia o seguinte: “Eu, Bruce Lee, serei o super star oriental mais bem pago do Estados Unidos. Em troca, eu farei as mais emocionantes perfomances, sendo um ator da mais alta qualidade. À partir do ano de 1970 vou alcançar fama mundial a partir de então, até o final de 1980 eu vou ter na minha posse US $ 10.000.000. Eu vou viver do jeito que eu quiser e conseguir a harmonia interior e alegria.” Bruce Lee sabia que, para alcançar sua meta, precisaria dar o seu melhor. Ele sabia qual era o preço a pagar, e assim o fez. E você? O que você dará em troca da realização dos seus sonhos? Do que você está disposto a abrir mão, por mais difícil que seja, a fim de conquistar aquilo que realmente importa para você? Que tal fazer como Bruce Lee e escrever, ainda hoje, a sua carta para o futuro, dizendo a si mesmo o que deseja realizar e o que dará em troca? Eu não vou mentir para você. Não vou dizer que será fácil e que tudo dará certo sem esforço e sem trabalho. Por isso mesmo cabe a você decidir se vale a pena embarcar nessa ou não. Esse negócio de sonhar realizar é para os fortes, para os comprometidos e determinados. É para os que pagam o preço. Eu paguei o meu preço. Roberto Shinyashiki e Bruce Lee também. E você? O que vai fazer?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br