Durante uma aula de redação, a professora pediu para que os alunos da oitava série fizessem um texto descrevendo como imaginavam suas vidas no futuro. Aos 13 anos, Cibelle Algarves Antunes Grandemagne parecia já prever o que anos mais tarde se concretizaria: sua rotina em um consultório odontológico. Motivada após uma consulta, onde foi apenas como acompanhante do irmão, ela credita a esse momento um divisor de águas: “Lembro como se fosse hoje. Acompanhei cuidadosamente cada ação que o dentista realizava e apesar da pouca idade, sai com a certeza de que meu futuro era na Odontologia”. Os planos saíram conforme o planejado. Aprovada na Universidade Federal de Santa Catarina, concluiu o curso conquistando até mesmo a admiração de uma professora, que era odontopediatra e que a convidou para trabalhar em seu consultório: “Fiquei lisonjeada, mas como minha intenção era morar em Laguna, decidi retornar a cidade natal e com o apoio dos meus pais, que me ajudaram a montar meu consultório e com dos meus sogros que cederam a sala, comecei a trabalhar já em 1997, no mesmo local o qual atuo até hoje, junto com meu marido e mais dois colegas de profissão”. Mesmo gostando de diversas áreas da Odontologia, Cibelle optou inicialmente pela Odontopediatria pela empatia com as crianças: “É muito gratificante o carinho delas com a gente. Ver uma criança chegar para atendimento com aquela carinha assustada e depois sair sorrindo e feliz e perguntando quando vai voltar é muito recompensador”, revela. Com uma rotina muito corrida, dividida entre o trabalho no consultório particular, no CEO – Centro de Especialidades Odontológicas – e os cuidados com a filha Maria Clara, a dentista tem ainda o marido, Marcus, como colega de trabalho: “É muito bom porque trocamos idéias juntos e muitas decisões são tomadas em conjunto. Ter alguém para compartilhar as dúvidas e dividir os acertos tira um pouco o peso do dia a dia”. Quando questionada sobre a possibilidade de deixar o legado para Maria Clara, a mãe coruja se mostra esperançosa: “A minha filha hoje está com 4 anos e já adora ir para consultório, colocar luva, máscara e gorro. Mais para “brincar” de nos atender e de auxiliar. Se ela gostar dessa profissão, de cirurgião-dentista, que eu e o seu pai escolhemos para nos dedicar e amar, com certeza iria ficar muito feliz, mas isso tem que partir dela, essa vontade, esse desejo de seguir a carreira”, confidencia. Nas horas de folga, é com seus amores que ela procura recuperar as energias: “Gosto de curtir minha casa. A semana é tão corrida que mal dá tempo de curtir o meu cantinho e a família. Então, nas horas de folga quero estar com minha filha e meu marido, seja em nossa casa ou no sitio dos meu pais”.
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