“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos algumas coisas, por isso aprendemos sempre”. No pensamento de Paulo Freire, a focalizada desta edição, Lilian dos Reis Santos Silva traduz um pouco da sua personalidade de eterna aprendiz da vida. Natural de Laguna, a filha de “seo” Itamar e de dona Norma dos Santos desvenda um pouco das delícias e desafios da arte de educar nos dias de hoje. Formada em Pedagogia, com especialização em Supervisão Escolar, a profissional que atualmente desempenha a função de assessora da Direção na Escola de Educação Básica Ana Gondin, em 2016 assumirá uma nova empreitada: “Trabalho nesta escola desde 1990 e recentemente fui eleita com 80% de aprovação pela comunidade escolar, para atuar como diretora pelos próximos quatro anos. Posso dizer que é neste espaço, onde o conhecimento se dá de diferentes formas, onde há diferentes saberes, é que amplio o meu conhecimento através da interação entre as pessoas e todos os dias aprendo um pouco”. Antes de ingressar como funcionária pública estadual, Lilian atuava como concursada do município, oportunidade a qual pode trabalhar com projetos que atendiam crianças carentes, com idade entre 04 e 07 anos. Trabalhando há 37 anos, portanto já tendo tempo de serviço para aposentadoria, ela vê a ideia de “pendurar as chuteiras” como algo muito remoto: “Amo o que faço. Segui minha vocação e por isso posso me considerar tão feliz e realizada profissionalmente. Enquanto tiver saúde e disposição, continuarei trabalhando”. Quando questionada sobre mestres que marcaram sua vida, aponta uma em especial: “Admirava muito minhas professoras, por quem tinha e ainda tenho grande apreço. Uma que me marcou muito foi a Sra. Paula Suzana, da 3ª série, pela sua maneira de ensinar, as metodologias por ela utilizadas, sempre adequadas ao conteúdo trabalhado e já naquela época nos ensinava através do lúdico, o que tornava o ensino mais prazeroso”. Caseira, nas horas de folga, as diversões procuram ser relacionadas às atividades pastorais: “Me envolvo com a igreja e gosto de estar em reuniões com os amigos, às vezes um baile ou passeio”. Mãe de Gustavo, de 25 anos, a pedagoga confidencia que adora morar em Laguna, e que não a trocaria por nenhuma outra cidade, mas vê algumas necessidades de mudança: “Acho que necessitamos dar um maior destaque aos trabalhos culturais. Somos tão ricos mas pouco divulgamos nossos atrativos e potencialidades turísticas”.
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