★08/11/1923
✝29/06/2013
Filha de dona Firmina (Dias) e de Praxedes Cascaes Guedes, a nossa focalizada nasceu aqui em 8 de novembro de 1923. Foi a segunda filha de uma família de nove irmãos: Ondina, Adir e Leonor (já falecidas) e de Iracy, Francisco, Antonina, Luiz César e Marlise. Fez seus estudos iniciais nos grupos escolares Jerônimo Coelho, onde também fez o Complementar) e Ana Gondin. Após concluir o Complementar e com o auxilio de uma pessoa amiga, foi estudar Enfermagem na capital, onde também trabalhou. Interessante registrar que residia no Estreito e estudava no Centro, fazendo diariamente o longo trajeto à pé. Foi um período muito difícil e cheio de descobertas. A vocação para cuidar de pessoas e o curso de Enfermagem lhe trouxeram o sonho de querer ajudar o semelhante. Na verdade, sua formação lhe deu conhecimento e a possibilidade de trabalhar com doentes. Com o término do curso na capital, de pronto dona Edith, como era chamada, prestou concurso público para o Estado e aprovada, foi designada para atuar em Tubarão e conseguindo fazer uma troca com outra aprovada, veio para a terra natal, onde atuou, inicialmente no Posto de Saúde, em frente a fonte da Carioca e depois também no Posto de Puericultura (onde hoje funciona a Policlínica dr. Paulo Carneiro), no Magalhães, onde aliás sempre residiu. No Puericultura, ela pesava as crianças, aplicava vacinas, orientavas as gestantes e as mães sobre como dar banho e até fazer a comida para as crianças, além de esclarecer sobre a necessidade de manter a higiene e amamentação, entre outras importantes tarefas. Como meio de transporte, dona Edith chegou a ganhar uma bicicleta do Estado, até para poder trabalhar nos dois postos de saúde e ainda fazer visitas diárias às famílias, de segunda a segunda-feira, de dia e de noite, logo uma profissional incansável e das mais conhecidas, mantendo um prontuário de cada criança, até para que o acompanhamento fosse desenvolvido normalmente. Outra importante função desempenhada ao longo dos anos, foi o de parteira, chegando a ganhar, como retribuição nada menos que 36 afilhados. Em casa, na geladeira, ela costumava guardar leite materno, doado como excedente e que servia para outras mães que não podiam amamentar. Mesmo aposentada, continuou a prestar seu importante serviço, aplicando injeções em domicílio e até mesmo em sua residência, não aceitando qualquer tipo de pagamento, a não ser a gratidão das pessoas, deixando a sensação do dever cumprido. Era casada com Pedro Ribeiro Nunes, o Pernambuco, amigo dos amigos e dos mais conhecidos no Magalhães e com quem teve a filha Adriana, que lhe deu os netos Rafaela e Thiago. Faleceu aqui em 29 de junho de 2013. (Com a colaboração do dr. Cleber Guedes Mattos).